Dicas para quem quer trocar de carro e poupar uns trocos - TVI

Dicas para quem quer trocar de carro e poupar uns trocos

Leasing

Saiba o que precisa de fazer usufruir de incentivos e que marcas dão mais pelo seu carro velho

Podem dar mil euros pelo seu carro velho, se ele tiver 15 anos ou mais, na hora de o trocar por um novo e entregar o outro para abate. Ou um pouco menos, mas ainda assim uma quantia significativa, de 750 euros, se ele tiver entre 10 e 14 anos.

O carro até pode ser antigo - e você só o ter há pouco tempo - e beneficiar destes incentivos na mesma: tem de ser proprietário há mais de seis meses e o veículo tem de estar matriculado há pelo menos 10 anos.

Mas ainda há mais condições: os veículos terão também de estar «livres de quaisquer ónus ou encargos», estar «em condições de circulação pelos próprios meios» ou possuir «todos os seus componentes», conforme se lê no site do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT).

É também esta a entidade que fornece o modelo 9 para requerer o cancelamento da matrícula, necessário para o processo. Além disso, precisa de apresentar o documento de identificação do automóvel, o título do registo de propriedade ou o certificado de matrícula, assim como fotocópia do seu B.I. e do cartão de contribuinte.

Mesmo depois de toda esta burocracia, não fica com os louros automaticamente. Depois de entregues os documentos nos centros de recepção e operadores de desmantelamento, tem de ir até à Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo para requerer o benefício.

E na hora de escolher um carro novo?

Chegou o momento de se concentrar no carro que pretende comprar.

Um conselho que a Associação Automóvel de Portugal deu à Agência Financeira: «Dirigir-se a vários concessionários, para tentar comparar ofertas e iniciar o processo o mais rápido possível». Só tem um mês para isso, mais vale apressar-se a escolher.

Se tiver de recorrer ao crédito, ficam aqui algumas dicas: «Comece por negociar o preço em mais do que um stand da mesma marca» e lembre-se que «os vendedores trabalham à comissão». Se lhes disser que vai «sondar outros locais» isso «motivá-los-á a reduzir a sua margem, para dar um desconto maior», lê-se no site da Deco.

«Se der uma entrada como sinal, reduz o valor do financiamento, os juros a pagar e o custo final do carro». Também as taxas de juro e as comissões são «regra geral» negociáveis.

Pedir orçamentos aos stands, fazer simulações, comparar preços... Tudo isto é essencial na hora de investir num carro novo.

As marcas de automóveis têm campanhas de incentivo ao abate em curso. Das que consultámos, a Ford é a que apresenta melhores números: para os veículos da gama Fusion a diesel, o desconto vai até aos 6.760 euros, quando o cliente entrega um automóvel em fim de vida com 15 ou mais anos.

Segue-se a Opel, com uma redução de 6.010 euros para o modelo Astra GTC, de 1110 cv., nas mesmas condições. E, depois, a Fiat com um desconto de 5.060 euros para o modelo Bravo 1.6 Multijet, de 120 cv, também para veículos com 15 anos ou mais.

Para as companhias com frota automóvel, este também pode ser o momento para optar pela «antecipação» e poupar uns trocos, até porque para o ano que vem o agravamento do IRC vai pesar nas contas de todas as empresas.

Mas, se «tudo é feito à última da hora» podem correr o risco de «os veículos já não estarem disponíveis porque o planeamento de encomendas é feito de seis em seis meses», lembrou à AF o secretário geral da ACAP, Hélder Pedro. Pode «não haver capacidade de entrega até ao final do ano». Nada como informar-se já. E tem sempre os stands, para além dos concessionários.

Outra alternativa é comprar carro no interior do país. Além de poder ficar mais barato, pode ser que haja mais automóveis em stock. É que as empresas acabam por adoptar, muitas vezes, uma política de descontos mais generosa, para face à procura mais reduzida.
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