Milionários: reis, sultões e sheikhs afectados pela crise - TVI

Milionários: reis, sultões e sheikhs afectados pela crise

Sheikh Hamad bin Khalifa Al Thani

Rei da Tailândia é o mais rico de todos

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Nem os mais ricos escapam à crise. Não ficam pobres, é certo, mas as suas chorudas fortunas emagrecem a olhos vistos. E muitas destas histórias envolvem mesmo a realeza.

No conjunto, as quinze maiores fortunas reais encolheram 22 mil milhões de dólares, ou 17%, para 109 mil milhões. Dos 15, 12 estão mais pobres, dois estão na mesma e apenas um está mais rico, revela uma lista da revista «Forbes». No top estão sobretudo líderes de países árabes, com riquezas acumuladas graças à exploração de petróleo e gás.

Líder da Tailândia lidera pelo 2º ano consecutivo

A liderar a lista dos mais ricos entre a realeza, pelo segundo ano consecutivo, está o rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, com 30 mil milhões de dólares, ainda assim menos cinco do que no ano anterior. A queda do mercado imobiliário e de acções e as convulsões internas, que prejudicaram o turismo, estão na causa da deterioração.

Segue-se o Sultão Haji HassanalBolkiah, do Brunei, com uma fortuna de 20 mil milhões de dólares, intocada pela crise. A riqueza da família real assenta no petróleo e gás natural.

Já o Sheik Khalifa Bin Zayed Al Nahayan, dos Emirados Árabes Unidos, viu a sua fortuna, de 18 mil milhões, cair cinco mil milhões, devido à queda dos mercados.

Na Arábia Saudita, o rei Abdullah bin Abul Aziz, perdeu quarto mil milhões de dólares para 17 mil milhões, à medida que a economia se afunda.

Dubai: o paraíso caiu em desgraça

O governante de Abu Dhabi, o Sheikh Khalifa bin Zayed Al Nahayan, viu a sua fortuna cair cinco mil milhões, devido à queda do preço do petróleo. O vizinho Dubai também não está melhor.

O emirado gastou 60 mil milhões de dólares a construir aquilo que chamou «a oitava maravilha do mundo»: um grupo de ilhas paradisíacas e luxuosas, em forma de palmeira, no Golfo Pérsico e totalmente feitas pela mão do homem. Trouxeram muito prestígio e compradores de renome mundial, desde o casal Jolie-Pitt ao casal Beckham, mas os bons tempos já lá vão e, em tempo de vacas magras, o Dubai acumula uma dívida de 80 mil milhões de dólares.

O valor dos imóveis nas Palm Islands caiu 50% e a construção está parada. Uma situação que obrigou o Dubai a pedir ajuda ao vizinho Abu Dhabi.

O Sheikh do Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, não resistiu ao golpe e a sua fortuna pessoal, avaliada em 12 mil milhões de dólares, caiu seis mil milhões. Esta foi a maior queda registada entre as grandes fortunas reais.

O também Sheikh Hamad bin Khalifa Al Thani, do Qatar, tem dois mil milhões de dólares, o mesmo que tinha antes da crise, graças à aposta no gás de petróleo liquefeito (GPL), depois da fase em que a economia era suportada pelo petróleo.

Rei de Marrocos finta crise e está ainda mais rico

O único governante com sangue real que conseguiu aumentar a sua fortuna em tempos tão difíceis foi o rei Mohammed VI, de Marrocos, cuja riqueza subiu mil milhões de dólares para 2,5 mil milhões. O país tem apostado na produção de fosfato, que domina praticamente sozinho no mundo.

Abaixo do limiar dos mil milhões, estão ainda seis monarcas. O príncipe Karim Al Husseini, de Aga Khan é um deles, com 800 milhões de dólares, após uma queda de 200 milhões. O líder espiritual dos muçulmanos ismaelitas tem paixão e negócios no mundo das competições equestres, e foi penalizado pela queda dos mercados.

Segue-se o Sultão Qaboos bin Said, do Oman, cuja fortuna está avaliada em 700 milhões de dólares. Perdeu 400 milhões devido à queda das receitas provenientes do petróleo.

Com 400 milhões de dólares, o Sheikh Sabah Al-Ahmad Al-Jaber Al Sabah, do Kuwait, surge logo de seguida. Perdeu 100 milhões na sequência da crise económica e política no reino.

O último neste top 15 de luxo é o rei Mswati III, da Suazilândia. Tem 100 milhões de dólares, depois de a sua riqueza ter caído para metade. A recessão está na base dos seus problemas.
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