«Ministro das Finanças foi um mouro de trabalho»

O ainda ministro das Finanças, que está prestes a cessar funções juntamente com o resto do executivo para dar lugar a um novo Governo formado pelo PSD e pelo CDS, «foi um mouro de trabalho».

Quem o diz é Henrique Granadeiro, presidente da Portugal Telecom, em entrevista à RTPN. Para o gestor, «dificilmente se poderia ter exigido mais» de Teixeira dos Santos, a quem teceu rasgados elogios, atribuindo-lhe um «enorme capacidade de trabalho e competência».

Ainda que tenha criticado as eleições antecipadas, afirmando que o país andou «a brincar» às eleições quando estava mergulhado numa crise, Granadeiro mostra-se satisfeito com o resultado. «Temos uma maioria clara no Governo, coincidente com o Presidente da República, e cerca de 80% dos deputados eleitos apoiam as reformas que estão definidas no memorando de entendimento com a troika» disse.

Está agora criado «um quadro único e muito favorável à formação de um governo coeso e forte», pelo que Granadeiro acredita que Portugal tem condições para, ao contrário do que aconteceu com a Irlanda e a Grécia, ser «o bom exemplo de intervenção» externa.

Ao plano acordado com a troika, Granadeiro tece uma crítica: se para reduzir a taxa social única (TSU), for preciso aumentar o IVA, «foi um mau negócio».