Notícia atualizada às 14h30 com novo máximo
O alarme soou na quinta-feira passada e voltou a fazer eco esta segunda-feira. Os juros da dívida de Espanha a 10 anos voltaram a renovar máximos na era do euro. Logo pela manhã estavam nos 7,146%, às 13h00 subiram para 7,156% e por volta das 14h00 atingiram os 7,282%.
Quando as Obrigações do Tesouro superam o patamar crítico dos 7%, considerada a barreira psicológica a partir da qual se equaciona um pedido de resgate, não se pode augurar nada de bom.
Aconteceu com Portugal. Nessa altura, o país admitiu que não ia conseguir suportar as exigências do mercado e poderia ser preciso recorrer a apoio internacional. Foi o que acabou por se verificar.
Nós caímos nos braços da ajuda externa em maio de 2011. Espanha também já pediu apoio, mas só para a banca. Será que consegue livrar-se de um pedido de ajuda externa para a economia?
A maioria dos economistas acredita que o país vai precisar de um resgate financeiro internacional a sério.
Espanha tem dito que consegue suportar estas exigências de financiamento durante mais tempo, por mais alguns meses. Veremos.
Reflexo do nervosismo que paira sobre Madrid é igualmente o risco face à Alemanha, país que serve de referência. O risco da dívida já vai nos 570 pontos base, subindo face aos 551 da quinta-feira passada.
Embora os mercados tenham mostrado hoje sinais de alívio com as eleições da Grécia, que deram a vitória à Nova Democracia, pró-euro, essa lufada de ar fresco foi sol de pouca dura. As bolsas estão a começar a inverter o sentimento. Espanha foi logo das primeiras, perdendo a esta hora mais de 2,26%.
Também em Portugal, no mercado da dívida, há a registar alguma pressão, com os juros a 10 anos a subirem até aos 10,647%.
Mercados não perdoam: juros de Espanha acima de 7,2%
- Redação
- VC
- 18 jun 2012, 10:05
Barreira psicológica volta a ser ultrapassada. Vem aí resgate a sério?
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