Esquerda contra despedimentos fáceis, PS rejeita esse «papão» - TVI

Esquerda contra despedimentos fáceis, PS rejeita esse «papão»

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Actual Código de Trabalho «contém as soluções», diz o Partido Socialista

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Bloco de Esquerda e PCP acusaram esta quinta-feira o Governo de querer facilitar os despedimentos, rejeitando que tal possa melhorar a competitividade nacional, mas o PS garante que esse «papão» não está em cima da mesa.

«Podemos discutir n factores sobre competitividade, mas o Governo só conhece um caminho, é malhar nos trabalhadores», disse o deputado comunista Jorge Machado, no Parlamento, citado pela Lusa, recuperando uma expressão do actual ministro da Defesa, Augusto Santos Silva.

Intervindo sobre a eventual reforma laboral numa declaração política, o deputado comunista disse que «o verdadeiro objectivo do Governo é tornar o despedimento mais barato, fragilizando ainda mais os trabalhadores e assim facilitar os despedimentos em Portugal».

Também o Bloco de Esquerda elegeu este tema para a sua declaração política: «A solução Sócrates de promoção do despedimento é a maior ameaça contra as pessoas e contra a economia», disse Mariana Aiveca, que apontou «a convergência entusiasmada do PSD e do CDS» sobre esta matéria.

«O que arrasta a economia nacional para baixo não são os trabalhadores, ou os salários baixíssimos, mas medidas como o brutal aumento da factura para as empresas ou o aumento da carga fiscal», disse a deputada bloquista.

Já pelo PS, Maria José Gamboa sublinhou que «a agenda que está em cima da mesa é a de que os parceiros sociais, pela voz da UGT e CGTP, deram nota [após a reunião com o primeiro-ministro na quarta-feira], é a do crescimento e do emprego, não do desemprego e da flexibilização das leis laborais».

Também a socialista Ana Freitas afirmou que o actual Código de Trabalho «contém soluções como a flexibilidade funcional, de tempo de trabalho, mecanismos de conciliação entre a vida pessoal e profissional, mas que precisam de ser agilizados».

«Aquilo que está em cima da mesa não é o papão dos despedimentos nem da flexibilização, mas de encontrar formas efectivas de negociação colectiva e de legislação laboral», sustentou.

Pelo CDS, o líder da bancada, Pedro Mota Soares, defendeu que «estas reformas que o Governo agora anunciou não são feitas pelo Governo, mas pelas instâncias internacionais e pela Comissão Europeia».
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