Em comunicado, o Eurogrupo sublinha que esta terça-feira foi discutida a primeira lista de reformas apresentada pelas autoridades gregas, «baseada no atual acordo», e que irá ser detalhada e acertada com as instituições, no máximo, até ao final de abril.
«Acordámos em estender por quatro meses o atual Programa de Assistência Económica e Financeira («Master Financial Assistance Facility Agreement»), diz o comunicado.
«Pedimos às autoridades gregas que desenvolvam e aumentem a lista de reformas, baseada no atual acordo, em estreita coordenação com as instituições, de modo permitir uma rápida e bem sucedida conclusão da análise», remata a nota.
Aqui pode ler a carta que o governo grego enviou ao Eurogrupo.
A informação foi confirmada pelo vice-presidente da Comissão Europeia para o euro, Valdis Dombrovskis, via twitter:
«Na sequência da decisão tomada pelo Eurogrupo em teleconferência, podem iniciar-se os procedimentos nacionais para a extensão do programa grego».
Following #Eurogroup teleconference decision national procedures for extension of the Greek programme can begin #Greece
— Valdis Dombrovskis (@VDombrovskis) February 24, 2015
Também o ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kazimir, confirma a informação via Twitter:
Mantém-se acordo negociado com a Grécia na sexta-feira. Os gregos têm muito trabalho pela frente até final de abril. Agora queremos ver números.»
#eurozone deal with #Greece reached on Fri holds. Greeks have lots of heavy-lifting to do until end-April. We all want to see numbers now.
— Peter Kažimír (@KazimirPeter) February 24, 2015
A Comissão Europeia também deu o «OK». Bruxelas refere que os compromissos que fazem parte da lista de reformas de Atenas vão servir como um ponto de partida para um acordo com o país para a extensão do financiamento por mais quatro meses. E sublinha que quer que as reformas sejam aplicadas «rapidamente» e «sem recuos».
Para o FMI, o plano é garantia suficiente para continuar a emprestar dinheiro ao país mas tem de ser mais detalhado.
Numa carta enviada ao presidente do Eurogrupo, Christine Lagarde sublinhou que a lista de medidas «não é muito específica».
Alemanha, Finlândia, Holanda e Estónia têm agora de submeter aos respetivos parlamentos o prolongamento da ajuda à Grécia. No caso da Alemanha, o Bundestag reúne-se na sexta-feira , com a moção a ser apresentada pelo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, seguindo-se um debate de 90 minutos.