Crise: Lagarde dá Portugal como exemplo de união - TVI

Crise: Lagarde dá Portugal como exemplo de união

Nova senhora FMI pede unidade entre partidos políticos gregos

A nova directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, apresentou esta quarta-feira Portugal como exemplo a dar à Grécia, de união política perante a crise, na primeira conferência de imprensa depois de entrar em funções.

A nova directora-geral do FMI anunciou que o conselho de administração da instituição se vai reunir na sexta-feira, para examinar o pagamento de uma nova «tranche» nos pagamentos da ajuda externa à Grécia.

Dando o exemplo de Portugal e da Irlanda, Lagarde pediu também unidade entre os partidos políticos gregos.

«Espero que todos os partidos políticos [gregos] se possam justamente inspirar nos exemplos dados pelos partidos políticos em Portugal e na Irlanda. Está a chegar um momento em que as rivalidades políticas devem ser postas de parte no interesse do país», afirmou citada pela Lusa.

A responsável prometeu independência no que toca à questão grega e disse que está programada para sexta-feira uma reunião do conselho de administração do fundo, para avaliar o pagamento de mais uma «tranche» do empréstimo do FMI a Atenas.

«Podem contar comigo para que o FMI e as suas decisões permaneçam independentes», referiu Lagarde, a primeira mulher a dirigir a instituição financeira multilateral, que prometeu também fazer do emprego uma «questão chave» para o FMI.

«O desemprego está ainda elevado em numerosos locais e, em consequência, há ainda muito a fazer», referiu.

A directora-geral do FMI afirmou que quer continuar a desenvolver o trabalho do seu antecessor, Dominique Strauss-Kahn, para que as questões do desemprego ganhem mais peso nos trabalhos do fundo.

Strauss-Kahn lançou, em 2010, um colaboração entre o FMI e a Organização Mundial do Trabalho sobre as questões do emprego.

«Não devemos nunca perder de vista aquilo que estamos a fazer: ajudar a restaurar a estabilidade onde há instabilidade» acrescentou.

Lagarde assumiu a liderança do FMI depois de, em Maio, Dominique Strauss-Kahn ter-se demitido, acusado de crimes e abusos sexuais sobre uma empregada de um hotel da cidade de Nova Iorque.
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