EUA pedem solução «rápida» para crise financeira na Grécia

O secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner, apelou este Sábado ao Fundo Monetário Internacional, países europeus e Grécia para que «actuem rapidamente» para solucionar a crise financeira e orçamental grega.

À margem das reuniões de primavera FMI-Banco Mundial, em Washington, o governante norte-americano reuniu-se com o ministro grego das Finanças, George Papaconstantinou, com o director do FMI e autoridades europeias, para discutir a crise financeira grega.

Em comunicado após o encontro, Geithner apelou a que seja «rapidamente aplicado um programa de reformas importantes e um apoio substancial e concreto» a favor de Atenas.

Na sexta-feira, este país da Zona Euro pediu aos seus parceiros europeus e Fundo Monetário Internacional (FMI) para que seja accionado o pacote de ajudas no valor de 45 mil milhões de euros, face à pressão dos mercados.

O Comissário europeu dos Assuntos económicos, Olli Rehn, afirmou que o programa estará pronto no «início de Maio», e que poderá então ser aplicado «prontamente».

A decisão de efectuar empréstimos à Grécia «será baseada no programa que está a ser preparado neste momento pela Comissão, pelo BCE e pelo FMI com as autoridades gregas», indicaram as autoridades europeias em comunicado.

Em Washington, George Papaconstantinou irá discutir no Domingo com o director do FMI, Dominique Strauss-Kahn, o programa de cortes orçamentais grego que serve de contrapartida à ajuda económica.

Zona Euro precisa de contenção

Também a ministra da Economia de Espanha, país que exerce a presidência da União Europeia, manifestou-se este Sábado optimista quanto à retoma económica na Europa, mas defendeu maior contenção orçamental para assegurar a sustentabilidade do nível de dívida na Zona Euro.

Na abertura das reuniões de primavera do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional em Washington, e sem referências à crise financeira da Grécia, que tem penalizado o euro nos mercados internacionais, a ministra espanhola Elena Salgado defendeu ajustamentos orçamentais «ambiciosos» e defendeu que a manutenção da actual situação tornaria «insustentável» o nível de dívida na Europa.

«Os últimos acontecimentos demonstram a necessidade de fortalecer e complementar o marco existente para garantir uma situação fiscal sustentável na zona euro», disse a ministra espanhola perante o Comité Monetário e Financeiro Internacional, principal órgão assessor do FMI.