Vieira da Silva pede mais empenho para evitar ajuda externa - TVI

Vieira da Silva pede mais empenho para evitar ajuda externa

Vieira da Silva

Ministro diz que entrada no FMI «não é algo que beneficie» Portugal

O ministro da Economia disse esta terça-feira que a discussão sobre o recurso do país a ajuda externa não beneficia Portugal e que todos os agentes responsáveis deveriam estar mais empenhados em evitar esse caminho.

Para Vieira da Silva, que esta terça-feira inaugurou uma unidade de produção de estofos do grupo empresarial JJLouro, de Santarém, a adesão a mecanismos como o Fundo de Emergência Europeu «não é apenas uma questão da taxa de juro» que se paga pela dívida.

«Tem mais implicações no curto, no médio e no longo prazo. Mais do que discutir essas hipóteses valia a pena estarmos todos concentrados a trabalhar no sentido de as evitar. Infelizmente não é o que se tem passado nos últimos tempos», disse à agência Lusa.

O ministro declarou a sua convicção de que a entrada de organismos como o Fundo Monetário Internacional no país «não é algo que beneficie» Portugal.

«Esta situação que temos vivido na Europa não é boa para o euro, para a Europa, para o projecto europeu e para a confiança dos europeus nesse mesmo projecto. Temos que esperar que saibamos fazer o nosso trabalho e que a Europa saiba respeitá-lo», disse.

Sobre o impacto do juro da dívida nas contas nacionais, Vieira da Silva sublinhou que o valor que conta em termos orçamentais não é o que é atingido nos mercados secundários, mas o que diz respeito às colocações que o Estado faz da sua dívida.

«Vamos ver como vão correndo as colocações da dívida portuguesa», disse, acrescentando esperar que as metas fixadas «sejam decisivas para inverter a tendência» e deixar claro que Portugal «não cede a esse tipo de pressão» e tem «condições e energia para construir um caminho alternativo a esse».

Vieira da Silva apontou o exemplo do grupo empresarial que hoje visitou - com perto de 1.400 trabalhadores, facturação anual da ordem dos 75 milhões de euros e quota global de exportação de 45 por cento - como «parte do esforço» em mostrar que a economia portuguesa «continua a ter capacidade de inovação e a ter empresas competitivas e a afirmarem-se».
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