Grécia: administração pública paralisada - TVI

Grécia: administração pública paralisada

Grécia

Trabalhadores protestam contra medidas de austeridade impostas pelo Governo grego

Relacionados
A administração pública grega estava esta quinta-feira paralisada devido a uma greve de 24 horas, a quarta desde o início do ano, para protestar contra as medidas de austeridade impostas pelo governo.

Grécia poderá adiar pagamentos aos credores

O funcionamento dos transportes marítimos na Grécia também estava esta quinta-feira a funcionar com deficiências devido a interrupções laborais, que se prolongarão durante 48 horas, convocadas por sindicatos comunistas.

Em contrapartida, o funcionamento dos transportes aéreos e urbanos não estava hoje a ser afectado pelo protesto lançado pela Federação da função pública (ADEDY, 300 mil membros) contra as medidas de austeridade.

Os controladores aéreos renunciaram à realização de uma greve anunciada para não agravar os problemas que o sector da aviação enfrenta devido à nuvem de cinzas vulcânicas proveniente da Islândia.

A greve nacional forçou ao encerramento das administrações e serviços locais e deverá afectar o funcionamento de numerosos estabelecimentos de ensino. Nas universidades, os respectivos sindicatos referiram uma «abstenção dos cursos», escreve a Lusa.

Reclamam aumentos salariais

Por outro lado, trabalhadores de vários sectores concluem esta quinta-feira greves de 48 horas, designadamente os mecânicos e trabalhadores marítimos.

Em resposta ao apelo da Frente sindical comunista, PAME, os mecânicos e trabalhadores marítimos estavam hoje, pelo segundo dia consecutivo, a bloquear no porto do Pireu a partida de ferries para as ilhas Ciclades, no centro do mar Egeu e para o golfo de Salónica, a sul de Atenas.

Os tribunais também estavam fechados devido a uma greve dos funcionários do sector da justiça, que reclamam aumentos salariais, enquanto os hospitais públicos de Atenas e do Pireu funcionavam pelo segundo dia consecutivo com pessoal reduzido, com os médicos a protestar contra a redução de 20 a 30 por cento dos subsídios públicos.

Nos sectores da construção civil e têxtil, os trabalhadores faziam paragens laborais em resposta às convocatórias da PAME.

A ADEDY e a PAME apelaram os trabalhadores para desfiles ao final da manhã nas grandes cidades da Grécia.

Para reduzir o défice e a dívida pública gregos, respectivamente de 12,9% e 113 por cento do PIB em 2009, o governo de Atenas impôs medidas de austeridade centradas na redução da despesa, nomeadamente em salários da função pública.

Este movimento de contestação social surge um dia depois da abertura em Atenas de negociações entre responsáveis gregos e o FMI e a UE sobre a ajuda à Grécia.
Continue a ler esta notícia

Relacionados