Governo: «Desemprego pode ser inferior no final do ano» - TVI

Governo: «Desemprego pode ser inferior no final do ano»

Secretário de Estado diz que aumento da taxa em janeiro já era «expectável»

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O secretário de Estado do Emprego, Pedro Roque, disse esta sexta-feira que o aumento do desemprego em janeiro já era «expectável», mas admitiu que no final do ano a taxa possa ser inferior aos 17,6%.

«Há um fator de sazonalidade. Não significa que o valor no final no ano seja este [17,6%]. A ponderação final pode ficar abaixo» da taxa de desemprego de janeiro, hoje revelada pelo Eurostat, afirmou o governante num encontro em Lisboa.

Ainda segundo dados do Eurostat, a taxa de desemprego na zona euro subiu de 11,8 para 11,9% em janeiro passado, face a dezembro de 2011, uma subida de uma décima, inferior às três décimas de aumento registadas em Portugal.

Pedro Roque, à margem de um encontro no Ministério da Economia, disse ainda, citado pela Lusa, que os números de desemprego de janeiro revelam o «aumento contínuo» que tem sido registado em toda a Europa, e que está associado a uma quebra da atividade económica.

A taxa de janeiro «vem em linha com o crescimento» do desemprego dos últimos meses, frisou o governante, destacando que a sazonalidade pode fazer com que no final do ano a taxa de desemprego possa até ser inferior.

«O facto de neste momento estarmos com este valor não significa que o valor no final do ano seja este, uma vez que o fator de sazonalidade» pode alterar a estatística, disse, explicando que em Portugal a atividade do turismo no verão faz recuar os números de desemprego.

«A ponderação anual pode não ficar nestes termos, pode até ficar abaixo, admito», disse, salientando que, comparando com outros países da Europa também com quebra na atividade económica, Portugal tem um «fator acrescido» por ter um programa de assistência económica e financeira «que implica que haja um reajustamento da sua atividade económica, que tem tido um efeito muito importante nas taxas de desemprego».

Falando sobre os dados do Eurostat no Parlamento, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, disse que a subida da taxa é um dos custos sociais da crise.
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