Corte nos salários da Função Pública, reforma do sistema fiscal e proibição dos empréstimos hipotecários em moeda estrangeira são as três principais medidas do plano de austeridade húngaro, apresentado esta terça-feira pelo novo primeiro-ministro, conservador Viktor Orban.
O novo programa surge dias depois do governo da Hungria ter anunciado que o problema das contas públicas do país é maior do que anteriormente comunicado, sugerindo que a Hungria pode estar a viver um cenário idêntico ao da Grécia.
Os mercados entraram em pânico e o euro afundou para mínimos dos últimos quatro anos.
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Viktor Orban anunciou esta terça-feira, no Parlamento, um plano de austeridade para os próximos dois anos, onde consta o corte no imposto sobre a sociedade (de 19% para 10%) - que será aplicado às empresas lucro inferior aos 500 milhões de forints (1,8 milhões de euros) - e a introdução de um imposto único da renda de 16%.
Ao mesmo tempo, será criado um novo imposto sobre os bancos e empresas de seguros, com o qual o executivo planeia arrecadar 700 milhões de euros anuais.
«Precisamos de um novo sistema tributário que se baseie na confiança e não na desconfiança», assinalou Orban em discurso no Parlamento, controlado pela maioria de dois terços do partido conservador Fidesz, escreve a EFE.
O objectivo não é «regular o (sistema fiscal) velho, mas criar um novo». Por isso, dez pequenos impostos, como a taxa sobre as heranças, serão eliminados.
Para o primeiro-ministro húngaro a meta do défice de 3,8% do PIB ainda é possível.
A primeira reacção dos mercados foi positiva. O risco de incumprimento da dívida pública caiu, ao mesmo tempo que a Hungria vendeu Obrigações do Tesouro a três meses.
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Austeridade: Hungria corta salários e sobe impostos
- Redação
- RL
- 8 jun 2010, 16:06
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Novo imposto sobre a banca é uma das principais novidades do programa de austeridade apresentado no Parlamento
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