Parlamento grego aprova referendo - TVI

Parlamento grego aprova referendo

Gregos vão decidir a 5 de julho se querem acordo com os credores. O Eurogrupo rejeitou o pedido grego para que fosse estendido por mais um mês o programa de resgate financeiro ao país. Programa de resgate acaba na terça-feira

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O parlamento grego aprovou a realização de um referendo que vai realizar-se no próximo domingo, dia 5 de julho. Os gregos terão uma palavra a dizer sobre se querem ou não aceitar as propostas dos credores internacionais.

A aprovação para a realização do referendo na Grécia precisava apenas de uma maioria simples, ou seja, 151 votos. O sim teve 178 votos, 120 foram contra, houve 0 abstenções.

A finalizar o debate, antes da votação, o primeiro-ministro grego dirigiu-se aos deputados dizendo que “o jogo do resgate acabou”. Alexis Tsipras garantiu que no próximo domingo, quer os parceiros gostem ou não, terá lugar o referendo.

Tsipras acusou ainda os credores de levarem a cabo uma propaganda de medo: “Ontem chantagearam-nos com a falta de liquidez, hoje usam o medo da fuga de depósitos”.

Eurogrupo rejeitou o pedido grego para que fosse estendido por mais um mês o programa de resgate financeiro ao país. Recorde-se que termina na próxima terça-feira o prazo limite para Atenas pagar 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional.

À saída da reunião, o ministro das Finanças grego disse aos jornalistas que a Grécia não podia aceitar as medidas recessivas dos credores. E sublinha que “este é um dia triste para a Europa”.

O ministro das Finanças alemão antecipou que a Grécia vá conhecer "grandes dificuldades nos próximos dias", garantindo que o país continuava a ser um "membro da zona euro".

Mas sublinhou que a zona euro vai " fazer tudo para evitar qualquer risco de contágio" da crise grega.

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, disse este sábado em Bruxelas que as autoridades da Grécia poderão ter de tomar medidas para evitar "uma situação de descontrolo" no sistema bancário do país.

Essa decisão poderá passar por limites aos levantamentos ou às transferências internacionais de dinheiro.

Chipre foi o único membro da zona euro que já impôs controlos de capitais. Duraram cerca de dois anos e foram impostos quando o país pediu ajuda financeira e antes de conseguir o acordo com os credores internacionais.


 
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