Gastos com subsídios de desemprego disparam 33% - TVI

Gastos com subsídios de desemprego disparam 33%

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Contribuições para a Segurança Social não ajudaram às contas, já que caíram 2,5%

Os gastos com subsídios de desemprego dispararam 33,2% em janeiro, face ao mesmo mês de 2012. Custaram aos cofres do Estado 255,9 milhões de euros, segundo os dados da execução orçamental que foram divulgados esta sexta-feira.

As contribuições para a Segurança Social não ajudaram às contas, já que caíram 2,5%, para 1.239,9 milhões de euros.

Estes valores são conhecidos depois do novo recorde da taxa de desemprego nos últimos três meses de 2012, nos 16,9%. As estatísticas entraram com o pé esquerdo em janeiro e tanto o primeiro-ministro como o ministro das Finanças já admitiram rever as previsões para 2013, que apontam para uma taxa de apenas 16,4%.

Ainda esta segunda-feira, a Comissão Europeia divulgou estimativas ainda mais pessimistas, apontando para uma taxa de desemprego de 17,3%. Por isso, não admira que a despesa com subsídios de desemprego continue a crescer e aumente ainda mais durante o ano.

Voltando aos números da Direção-geral do Orçamento, as contribuições para a Caixa Geral de Aposentações baixaram 13,3%, para 217,8 milhões de euros.

A despesa efetiva da Segurança Social «engordou» 7,8% (139 milhões), um valor «determinado pelo crescimento das prestações sociais em 6% (€ 95 milhões), decorrente principalmente pelo aumento de despesa com Pensões e Subsídio de Desemprego e Apoio ao Emprego», lê-se no boletim mensal.

O Estado gastou mais 2,6% com pensões no primeiro mês do ano (1.086,5 milhões de euros), sendo que as pensões de velhice aumentaram 2,9% para 836,9 milhões, as de sobrevivência 3% para 148,5 milhões e as de invalidez 0,1% para 101 milhões.

Registou-se, igualmente, uma subida nos gastos com ações de Formação Profissional, em 36,2% ou 44,2 milhões para 122 milhões de euros.

À exceção do Rendimento Social de Inserção (-17,2%), do Complemento Solidário para Idosos (-2,2%), dos apoios aos antigos combatentes (-83,4%) e da ação social (-0,5%), todas as outras despesas prestações sociais aumentaram em janeiro, emagrecendo os cofres da Segurança Social.
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