Greve geral: metro, CP, autocarros e barcos parados - TVI

Greve geral: metro, CP, autocarros e barcos parados

Adesão total ou quase dependendo dos transportes, sobretudo em Lisboa e no Porto

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Atualizada às 9h50 com dados do Metro do Porto

A manhã ainda mal começou, mas os primeiros efeitos da greve geral - a segunda no espaço de oito meses - já se fazem sentir. Os primeiros dados nos transportes apontam para uma forte adesão quer no setor público quer no privado, segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações. Se vai trabalhar, pode esperar um dia bem complicado.

«Tendo como referência as últimas três greves podemos dizer que a de hoje é a que regista uma maior adesão quer no setor privado quer no setor público, com alguns transportes a registarem 100% como o Metropolitano [de Lisboa] e uma paralisação quase total na CP e nos transportes rodoviário e fluvial», disse à Lusa José Manuel Oliveira, da FECTRANS.

O sindicalista informou que por volta das 07:00 era «muito difícil» dar uma percentagem exata da adesão à greve nos transportes porque ainda está a receber informação de outras empresas espalhadas pelo país.

« Contudo, posso dizer que o Metro está parado, o transporte fluvial está reduzido aos serviços mínimos quer no rio Tejo quer no Sado, a CP nem sequer está a conseguir fazer aquilo que são os serviços mínimos. Temos os Transportes Sul do Tejo (TST) com 90% de adesão e a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) com 100%».

O Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM) confirmou entretanto que na STCP «não há nenhum autocarro a circular, porque até a esta hora [08:30] nenhum saiu das estações de recolha da Via Norte e de Francos».

A Rodoviária de Entre Douro e Minho, em Braga está a trabalhar com serviços mínimos, a rodoviária da Beira litoral, em Coimbra com 95% e os transportes urbanos de Coimbra com 90%.

«A Carris em Santo Amaro está com 70% de adesão e na Pontinha, apesar da intervenção da polícia que carregou sobre o piquete de greve, só tinham às 07:00 saído 20 autocarros».

O metropolitano do Porto está a circular apenas com os serviços mínimos e nas linhas Senhora da Hora/Dragão e Hospital de S. João/Santo Ovídeo, em Gaia. O sindicato dos maquinistas disse à Lusa que a frequência das composições é de 30 minutos. «Entre os associados do nosso sindicato a adesão é de 100%, depois há uns seis ou sete motoristas que não aderiram», acrescentou o sindicalista Orlando Monteiro Não há metro na Póvoa, Vila do Conde, Maia, Gondomar e centro de Matosinhos.

No que diz respeito aos portos e controlo de navegação marítima e dos centros operacionais de correios, a FECTRANS refere que está a ser registada uma adesão superior a 85% em Lisboa, Coimbra e Porto.

Em Viana do Castelo, a greve geral fechou os Estaleiros, com uma adesão praticamente total à paralisação.

De acordo com a FECTRANS, a maioria dos estabelecimentos da REFER estão na sua maioria encerrados e os que funcionam, apenas estão a assegurar os serviços mínimos.

A FECTRANS registou também vários tumultos envolvendo as forças de segurança e piquetes de greve na estação rodoviária da Pontinha, nas instalações da Vimeca/Lisboa transportes e na estação ferroviária da Pampilhosa, Mealhada, «impedindo que se exercesse o direito previsto na lei».

Um dos elementos do piquete que foi agredido pela GNR na Pampilhosa teve de receber tratamento hospitalar.

A recolha de lixo também está a ser afetada e começou a ter impactos logo durante a madrugada.
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