Taxa de pobreza nacional nos 18%, acima da média europeia - TVI

Taxa de pobreza nacional nos 18%, acima da média europeia

Pobreza

Cáritas Europa defende que é preciso procurar alternativas à austeridade

A taxa de risco de pobreza em Portugal atingiu os 18% em 2011, revela o relatório «O impacto da crise europeia», da Cáritas Europa, conhecido esta quinta-feira. No ano anterior, situava-se nos 17,9% em 2010, muito acima da média da União Europeia a 27 (UE), que se ficava pelos 16,4%.

Em 2010, Portugal estava no 20º lugar da UE, melhor apenas que a Itália, Grécia, Lituânia, Bulgária, Espanha, Roménia e Letónia. Mas as coisas até já foram piores, se pensarmos que, entre 2004 e 2009, a taxa de pobreza nacional recuou. Nesse ano, a taxa ficou nos 17,9%, valor em que se manteve em 2010.

Com a subida registada em 2011, o risco de pobreza atinge mais de 1,9 milhões de pessoas em Portugal. Segundo a Cáritas Europa, «este aumento acontece não obstante o facto de o limiar da pobreza ter baixado, entre 2010 e 2011, em linha com uma quebra generalizada dos rendimentos».

Se contarmos apenas as pessoas que trabalham, a taxa de pobreza em Portugal era de 10,3% em 2011, quando a média europeia era de 8,4% (dados de 2010 publicados em 2012 pelo Eurostat e citados pela Cáritas).

Mas a taxa de risco de pobreza mais impressionante é a registada entre os idosos: 21% em 2010. A taxa terá caído para 20% em 2011, regressando a valores de 2009. Mas a média da UE fica, mais uma vez, muito abaixo: 16% em 2010.

«Mesmo que a taxa tenha diminuído, ainda permanece consideravelmente superior à taxa para a população em idade ativa (18-64 anos), fixando-se nos 15,7%», refere a Cáritas.

O relatório analisa o impacto da crise económica e das medidas de austeridade nos cinco países mais afetados (Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha) e conclui que «a prioridade das políticas de austeridade não está a funcionar e será necessário procurar alternativas».
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