Partido de Berlusconi optimista com Monti no poder - TVI

Partido de Berlusconi optimista com Monti no poder

Mario Monti

Angelino Alfano quer que Roma cumpra reformas com que se comprometeu

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O secretário-geral do Povo da Liberdade (PDL), partido do primeiro-ministro italiano demissionário, manifestou-se esta terça-feira optimista quanto à formação do Governo de unidade, mas apelou para o cumprimento das reformas a que Roma se comprometeu.

O antigo comissário europeu Mario Monti, encarregado de formar um governo de unidade, mantém hoje reuniões com os partidos políticos, com representantes sindicais e patronais, bem como associações de jovens e de mulheres, para criar um consenso que permita constituir um novo Governo.

«À luz dos factos, e depois desta última conversa, penso que os esforços de Monti para formar governo vão chegar a bom porto», disse Angelino Alfano, secretário-geral do PDL, em declarações aos jornalistas depois do encontro com o antigo comissário europeu, cita a Lusa.

O partido de Silvio Berlusconi tinha antes colocado como condições para apoiar Monti que o novo Governo não tivesse políticos e que o mandato não ultrapassasse a primavera de 2012, o que o novo primeiro-ministro já rejeitou.

Alfano considerou que o encontro foi «positivo e bastante amplo», tendo insistido na necessidade do próximo Executivo realizar as reformas estruturais que os mercados e a União Europeia (UE) exigem e que o governo cessante prometeu realizar.

Monti quer Governo com políticos dos vários partidos

«Reiterámos que os compromissos assumidos com a UE são a pedra de toque do nosso compromisso programático», referiu.

O responsável não fez qualquer referência à composição nem ao limite de mandato da equipa que Monti está a reunir.

Monti já disse que gostaria de constituir um Governo com tecnocratas e com políticos dos vários partidos com representação parlamentar e que quer governar até ao final da actual legislatura, que termina em 2013.

O primeiro-ministro indigitado encontrou-se esta terça-feira, também, com Pierlugi Bersani, secretário-geral do Partido Democrata (PD), que prometeu apoiar, sem reservas, o novo Governo.

Depois de vários dias de pressão dos mercados financeiros e da UE, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi anunciou a demissão no sábado, após o parlamento italiano ter aprovado novas medidas de austeridade que, mesmo assim não chegaram para acalmar os investidores na dívida soberana de Itália.

No domingo, o Presidente italiano, Giorgio Napolitano, encarregou Mario Monti de formar um novo Governo.

Monti tem agora de garantir a liquidez do país, através de novas medidas de austeridade para consegui pagar uma dívida que já vai nos 1,9 biliões de euros, cerca de 120 por cento do Produto Interno Bruto italiano.

Os italianos esperam que Monti apresente esta terça ou na quarta-feira o novo Governo a Napolitano, para que o Parlamento dê ao Executivo um voto de confiança antes de sexta-feira.
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