«Teixeira dos Santos prejudicou a sua credibilidade e a do país» - TVI

«Teixeira dos Santos prejudicou a sua credibilidade e a do país»

Paulo Portas considera que Teixeira dos Santos «foi desautorizado por colegas do Governo»

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O líder do CDS-PP, Paulo Portas, disse esta quarta-feira que o ministro das Finanças prejudicou a sua credibilidade e a do país por ter admitido recorrer ao FMI se a dívida pública atingisse juros de sete por cento.

«O ministro das Finanças ao dizer que se os juros da dívida pública portuguesa chegassem a sete por cento teria que admitir o recurso ao Fundo Monetário Internacional prejudicou a sua própria credibilidade e com isso a do país», afirmou Paulo Portas citado pela Lusa.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Paulo Portas frisou que Teixeira dos Santos «foi desautorizado pelos factos» porque os juros já ultrapassaram os sete por cento e foi «desautorizado por colegas de Governo».

«Não convém ter um ministro das Finanças que tenha uma imparidade entre o seu discurso e a realidade», considerou Portas.

Questionado sobre se o primeiro-ministro deveria substituir Teixeira dos Santos, Paulo Portas respondeu que não pretende «subjectivar» um «problema político e de fundo» que «prejudica a credibilidade do Governo e do país».

Quanto à colocação de dívida desta quarta-feira, Paulo Portas sublinhou que «é a emissão de dívida pública portuguesa mais cara de todas» e alertou que o montante previsto no Orçamento do Estado para pagar os juros da dívida «já não chegariam».

«O meu alerta é este, o montante já astronómico que está no Orçamento só para pagar juros da dívida pública portuguesa que é 6300 milhões de euros, ou seja 630 euros por português, com o valor que hoje atingiu a dívida pública já não chegariam enquanto montante orçamental para pagar os juros, o que dá a dimensão do problema do endividamento», afirmou.

Recorde-se que esta terça-feira, o ministro da Economia, Vieira da Silva, rejeitou o limite de sete por cento nos juros para recorrer ao fundo europeu e ao FMI.
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