Não deixa de ser, no mínimo irónico, que o Estado e as empresas portuguesas paguem por ano cerca de 9 milhões de euros às agências de rating. as mesmas que têm baixado sucessivamente a nota à dívida soberana e que a colocam agora a nível de lixo financeiro.
O Estado ou um banco pagam de que cada vez que pedem uma avaliação das agências de rating. Em mercado, esta é a forma de cumprirem as exigências dos investidores, que confiam nas notas das agências... para decidirem onde, como e quanto devem investir.
Por ano o Estado e as empresas portuguesas gastam 9 milhões de euros nestes pedidos de avaliação, e ultimamente só têm recebido más notícias.
É por isso que por cá as agências de rating têm sido um alvo preferencial das críticas de governantes e banqueiros.
Agências de rating há muitas, mas só três norte-americanas são seguidas pelos investidores: Standard and Poor¿s, Moody¿s e Fitch, e entre elas engolem 95% do mercado. Na Europa também as há, e em Portugal também, mas não convencem quem decide onde vai aplicar o seu dinheiro.
Daí até às suspeitas de uma ofensiva ao euro tem sido um pequeno passo. Mas pode não ser assim tão simples. Seja como for e à falta de alternativa, são as agências norte-americanas que ditam as regras do jogo da alta finança mundial. As mesmas que antes da crise financeira davam como bons investimentos de alto risco.
Pagamos 9 milhões/ano às agências de rating
- Redação
- Isabel Loução Santos, TVI
- 5 jul 2011, 20:57
Estado e empresas pagam às agências que colocaram dívida nacional à beira ou já abaixo de «lixo»
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