FESAP e UGT disponíveis para participar na greve geral - TVI

FESAP e UGT disponíveis para participar na greve geral

Manifestação da CGTP em Lisboa (foto: Manuel Lino)

Trabalhadores da função pública estão indignados com medidas de austeridade anunciadas pelo Governo. UGT diz que objectivos de luta devem ser definidos em conjunto

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A Frente Sindical da Administração Pública disponibilizou-se esta quarta-feira para participar na greve geral de dia 24 de Novembro, afirmando que os trabalhadores da função pública estão indignados com as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.

«A FESAP reuniu-se hoje e decidiu manifestar a sua disponibilidade para participar na greve geral», disse à agência Lusa José Abraão, dirigente da Frente Sindical.

Segundo o sindicalista, a decisão formal de aderir à greve geral terá de ser tomada pela UGT, que discute o assunto com a CGTP numa reunião agendada para quinta feira.

José Abraão assegurou que os trabalhadores da função pública estão mobilizados para participar na greve geral porque "estão indignados com as medidas anunciadas" pelo Governo.

«Esperamos que os trabalhadores saibam dar resposta adequada à situação», afirmou.

A Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, também filiado na UGT, anunciou hoje que vai participar na greve de 24 de Novembro.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, da CGTP, adere à greve geral e o seu órgão coordenador está reunido para decidir outras formas de luta para o sector, a concretizar antes de 24 de Novembro.



A CGTP, que já realizou cinco greves gerais, anunciou uma sexta greve geral para 24 de Novembro, após a divulgação feita pelo Governo das novas medidas de austeridade.

A única vez que as duas centrais sindicais realizaram uma greve geral conjunta foi em 1988, contra o pacote laboral do Governo de Cavaco Silva.

O executivo anunciou a 29 Setembro um conjunto de medidas de austeridade com o objectivo de consolidar as contas públicas, entre as quais o corte de cinco por cento na massa salarial da função pública, o congelamento das pensões em 2011 e o aumento em dois pontos percentuais do IVA, que passará a ser de 23 por cento.

O Executivo de Sócrates decidiu congelar os investimentos públicos, cortar os benefícios sociais e também os benefícios fiscais das empresas e criar um imposto sobre o sector financeiro.

Estas medidas têm de ser aprovadas na Assembleia da República para entrarem em vigor.

Também o secretário-geral da UGT, João Proença, admitiu a participação da central sindical numa «greve geral conjunta» que tenha como base objectivos de luta comuns.

João Proença afirmou que só na quinta-feira é que vai «discutir com a CGTP os objectivos da greve e tudo depende do resultado desse encontro».

Segundo Proença, que falava, após uma reunião da comissão executiva da UGT, a data de 24 Novembro apresentada pela CGTP para a greve geral, não levanta problemas.
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