O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, considera que a Itália está em estado de «urgência económica», ao intervir da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças para defender o seu plano de austeridade, na véspera do debate no Parlamento.
«A outra opção teria sido o agravamento da crise da dívida soberana, o que teria conduzido não a uma recessão mas a uma destruição da riqueza para os italianos», afirmou Monti citado pela Lusa, antes de evocar um estado de «urgência económica grave».
A cura de austeridade aprovada pelo Governo de Monti prevê, entre outras medidas, a subida dos impostos sobre propriedade imobiliária e reduções das pensões de reforma e das despesas públicas.
O chefe do Governo reconheceu que as medidas podem travar a procura interna, mas garantiu que todo o plano é justo: «Não serão os suspeitos habituais os que vão pagar», reiterou.
A Câmara dos Deputados vai começar esta quarta-feira a examinar o projecto, esperando-se que a votação ocorra ao longo desta semana. O Senado dará depois luz verde à proposta de Monti, na semana seguinte.
As poupanças estimadas com este plano estão avaliadas em cerca de 20 mil milhões de euros, sendo que dez mil milhões deverão ser reinjectados para relançar a economia italiana, penalizada por um nível extremamente elevado da dívida pública e por um fraco crescimento.
«Esta intervenção pretende salvar Itália», enfatizou Monti.
Itália está em estado de «urgência económica»
- Redação
- CPS
- 14 dez 2011, 09:44
Mario Monti diz que poupanças estimadas com plano de austeridade estão avaliadas em 20 mil milhões de euros
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