Bolsa: leilão de Itália deprime mas Madrid e Atenas sobem - TVI

Bolsa: leilão de Itália deprime mas Madrid e Atenas sobem

Praça nacional com maior queda da Europa penalizada por BCP e energia

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As bolsas europeias andaram divididas esta quarta-feira. O leilão de dívida italiana fez soar os alarmes: o pais colocou 6,5 mil milhões de euros a um ano, mas os juros dispararam para quase 4%, quando no leilão anterior se tinham ficado pelos 2,34%.

A maioria das praças fechou em queda, a começar precisamente por Milão, que recuou 0,65% Paris também caiu 0,55%.

A Alemanha também foi ao mercado, e vendeu 4,04 mil milhões de euros a 10 anos, com uma taxa de 1,52%, face aos 1,47% do leilão anterior. Uma subida ligeira que os analistas dizem ser sinal de preocupação com a exposição da Alemanha à crise da Zona Euro, já que a Alemanha é o maior contribuinte dos resgates. Frankfurt cedeu 0,14%.

Curiosamente, em alta fecharam as praças dos dois países que mais preocupam atualmente os investidores: em Espanha, Madrid subiu 1,42%, animada pela Inditex, a dona da Zara, que apresentou lucros acima das expetativas. Na Grécia, a bolsa de Atenas também subiu 2,75%.

Lisboa, acabou por registar a maior queda da Europa: o PSI20 cedeu 1,64% para 4.408,73 pontos.

A notícia do dia foi o reforço da posição de Isabel dos Santos na ZON. A empresária angolana comprou a posição que a CGD detinha na empresa e já controla cerca de 29% da operadora portuguesa. A ZON começou por reagir em bolsa com entusiasmo, mas acabou a subir apenas 0,50% para 2,01 euros.

A praça nacional contou ainda com os contributos positivos de alguns títulos da banca: o BPI ganhou 2,11% para 0,44 euros e o BES 1,21% para 0,50 euros.

Ganhos que não chegaram para manter a praça nacional em alta. Até porque no vermelho fechou o outro título de peso do setor financeiro (o BCP caiu 1,11% para 0,09 euros), tal como a operadora de comunicações PT, que desceu 1,80% para 3,16 euros.

A energia, que tanto tem pressionado a bolsa de Lisboa nos últimos dias, repetiu o mau comportamento: a EDP cedeu 2,59% para 1,69 euros, a Galp recuou 3,30% para 8,64 euros e a EDP Renováveis afundou 4,07% para 2,64 euros.
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