Dívida e Grécia fazem bolsa perder o rumo outra vez

Depois de ter iniciado a sessão na linha de água, a bolsa portuguesa já está pintada de vermelho. A Europa também segue a mesma tendência, mas a perder menos. Com maior queda que Lisboa, neste momento, está apenas Madrid (IBEX35) a recuar 1,18%, ao também fazer parte do grupo de países europeus com défices mais elevados.

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Por cá, o PSI20 perdia há pouco 0,89%, para os 7.489,95, com 16 títulos no vermelho, reflectindo os receios dos mercados europeus, no que diz respeito à saúde das finanças públicas da Grécia. O receio de incumprimento grego coloca Portugal também sob o foco dos investidores. Mais, os spreads da dívida estão a contribuir.

A Sonaecom está a liderar as perdas ao cair 3,2% e com cada acção a custar 1,36 euros. A Sonae Indústria segue a mesma tendência, mas com perdas de 1,2%. Quem está também entre as maiores quedas é a PT (-1,5%), bem como a Galp Energia (0,6%).



Na banca, impera o pessimismo com todas as acções a desvalorizar. O BES está à frente nas perdas (-2%), seguido do BPI (-1,8%) e do BCP (-1,79%).



Pela positiva, mas sem conseguir suportar a praça nacional está o sector energético. A EDP e a EDP Renováveis ganham 3,9% e 0,6%, respectivamente. A eléctrica foi alvo de uma recomendação por parte da Société Générale e está a reflectir o optimismo dos investidores.



O sentimento negativo que está a afectar a praça nacional é também um reflexo da queda da passada sessão. O PSI20 foi o índice que mais afundou em todo o mundo (3,17%), por causa do elevado risco da dívida portuguesa.



No Oriente, os mercados asiáticos fecharam a sessão desta terça-feira em terreno misto. O índice chinês Hang Seng caiu 1,27% e o índice japonês Nikkei encerrou com ganhos de 0,42%.



Nos EUA, as praças fecharam a sessão da última segunda-feira com perdas de 0,30% do índice tecnológico Nasdaq e ganhos muito ligeiros de 0,01% protagonizados pelo índice industrial Dow Jones.