Dívida: juros perto de 7,3% e spread em novo recorde - TVI

Dívida: juros perto de 7,3% e spread em novo recorde

José Sócrates (José Sena Goulão/Lusa)

CDS para obrigações a 5 anos também tocam máximo histórico

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Os investidores estão dispostos a não dar descanso a Portugal. Os juros da dívida pública continuam elevados, acima dos 7%, e o risco atribuído ao país também.

Numa altura em que já se sabe que a Irlanda receberá uma ajuda de 85 mil milhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), os mercados começam a ajustar a mira aos outros países considerados frágeis, como Portugal e também a vizinha Espanha.

Esta manhã, os juros da dívida portuguesa a 10 anos estavam novamente a crescer para 7,286%. O spread entre aquilo que Portugal paga pelas suas obrigações face àquilo que a Alemanha desembolsa pelas sua dívida com o mesmo prazo (e que é a referência para a Europa) estava assim nos 473 pontos base, depois de ter atingido um novo recorde histórico nos 481.

No caso da vizinha Espanha, a pressão também começa a subir, um cenário ainda mais preocupante para os responsáveis europeus, tendo em conta a dimensão da economia vizinha e o seu peso, muito mais elevado, no conjunto da moeda única. Os juros espanhóis para as obrigações a 10 anos estão nos 5,107%.

A tendência é acompanhada pelos juros das obrigações irlandesas, que estão nos 8,876%, e gregas, nos 12,082%.

O risco atribuído aos países mais frágeis pelos investidores, que se reflecte nos credit default swaps (CDS) também está a aumentar. Esta espécie de seguros para os investidores, contra o risco de incumprimento dos países emissores de dívida, está cada vez mais caro para Portugal e Espanha. No caso das obrigações a 5 anos, foram registados novos máximos históricos esta manhã, nos 510 e 312 pontos base, respectivamente.

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