Empresas espanholas com medo de serem afundadas por Portugal - TVI

Empresas espanholas com medo de serem afundadas por Portugal

Novos créditos vão ficar mais caros

Exposição dos bancos ultrapassa os 65 mil milhões de euros

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Às empresas espanholas não as tranquiliza que Portugal não seja a Grécia e é essa ideia que estão a passar em conversas privadas com o presidente da Câmara Luso-Espanhola em Madrid, Aureliano Neves, citado pelo jornal «Expansión».

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Ainda que o sector financeira seria o mais afectado - a exposição da banca espanhola alcança os 65 mil milhões de euros em activos -, também outras empresas como a Sacyr Vallehermoso, a Roca, a Prosegur ou a Repsol podem ver-se afectadas com um possível incumprimento de Portugal.

Os Estados garantem os depósitos dos bancos e, se os mercados duvidam da solvência dos mesmos, então os problemas na hora de pedir um financiamento são bem maiores. Aliás, isso foi o que aocnteceu quando a Standard & Poors e a Fitch cortaram o rating da dívida pública em finais de Abril, que teve efeitos até do outro lado da fronteira.

A exposição do sector financeiro espanhol a Portugal superou os 65 mil milhões de euros em 2009, de acordo com o Banco de Pagamentos Internacionais. As divisões do Banco Popular e do Santander em território nacional acumulam, respectivamente, quase 10 mil milhões de euros em activos, destaca ainda o jornal espanhol «Expansión» na sua edição desta segunda-feira.

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Mais. Nos últimos meses, os investidores começaram a acreditar que o Governo de José Sócrates talvez precise de ajuda, no curto prazo, do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia para pagar aos seus credores. Durante a segunda quinzena de Abril, compraram-se mais seguros contra o incumprimento de Portugal a curto do que a longo prazo. Nesse mesmo período, a rentabilidade dos títulos de dívida a cinco anos dispararam 300%.
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