Passos e as taxas de juro da dívida: «Resultados fantásticos» - TVI

Passos e as taxas de juro da dívida: «Resultados fantásticos»

Primeiro-ministro está muito satisfeito com a trajetória dos juros

O primeiro-ministro está muito satisfeito com a trajetória das taxas de juro da dívida pública e sublinha que esse é um fator positivo que deve ser sublinhado.

«Desde meados de 2011 estivemos a responder a um estado de emergência financeira, económica e social. Os resultados que vamos conquistando têm sido considerados bastante positivos entre os nosso parceiros internacionais e isso está muito patente na forma como os mercados têm reagido», afirmou.

«A trajetória das taxas de juro não tem paralelo desde o início do processo de ajustamento. Os resultados de hoje são fantásticos, sobretudo se comparados com emissões realizadas antes da crise financeira ter rebentado em 2011», referiu durante o encerramento do debate sobre o Estado Social, que decorreu nos últimos dois dias em Lisboa.

O primeiro-ministro referia-se ao leilão de dívida realizado esta manhã, em que Portugal pagou juros abaixo de 2%.

Passos Coelho considera que «há uma crescente confiança de todos os agentes do mercado em relação a Portugal», mas também elogia «a grande capacidade da sociedade portuguesa em ultrapassar as dificuldades».

Por outro lado, não deixa de reconhecer que «houve efeitos conjunturais adversos associados, como o desemprego agravado e a perda de receita fiscal», o que «impediu a correção do défice do estado ao ritmo que era desejado». Isso «implicou mais desafios» e também «flexibilizar as metas contidas no plano de assistência».

O primeiro-ministro continua a acreditar que a economia vai crescer em 2014, pelo que as boas notícias vão chegar, primeiro com o regresso dos mercados ao longo de 2013 e depois com o fim do memorando em junho de 2014, o que «evitará a espiral recessiva».

«Conseguiremos abrir lugar a uma nova fase de ajustamento, mas o país continuará a precisar de políticas de grande exigência, embora deixando a situação de emergência, recuperando um estatuto de maior confiança», frisou, considerando que sem estas opções Portugal seria levado a um segundo programa de assistência que exigira uma recuperação muito mais longa.
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