O prémio de risco espanhol, considerado o maior indicador de confiança nas finanças de um país, subiu esta quarta-feira, pelo terceiro dia consecutivo, à espera que o novo executivo do Partido Popular anuncie as medidas a tomar, depois da vitória no passado domingo, frente aos socialistas nas eleições legislativas.
Contudo, de acordo com o diário «El País», Espanha conseguiu inverter o cenário, a meio da manhã, depois de rumores que deram conta que o Banco Central Europeu podia comprar mais títulos de dívida espanhola.
Às 12h15, hora espanhola, uma hora antes em Lisboa, o prémio de risco de Espanha, exigido pelos investidores para confiarem na dívida a 10 anos do país - e aqui os níveis da Alemanha servem de comparação - baixou cinco pontos base, para os 466 pontos, mas chegou a tocar os 471 na abertura da sessão.
Outro elemento a exercer pressão a dívida do país é o facto de o retorno exigido pelos investidores na dívida espanhola a cinco anos, sobre os títulos que vencem em 2016, ter tocado, esta manhã, e pela primeira vez desde a era do euro, os 6,407%, muito perto dos já exigidos 6,694% na dívida a 10 anos.
Se a dívida a cinco anos superar, de facto, as obrigações do Tesouro de maior maturidade, acontecerá aquilo a que os especialistas chamam de «reversão na curva de rendimentos», o que contraria a lógica natural que dita que os juros são superiores na dívida com o maior prazo.
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Prémio de risco de Espanha dispara
- Redação
- SC
- 23 nov 2011, 12:35
![Dinheiro](https://img.iol.pt/image/id/13522324/1024.jpg)
Garantias exigidas pelos investidores na dívida a cinco anos já é quase a mesma verificada nas OT com maturidade superior
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