Trambolhão nas bolsas. Juros em Itália chegam 7%

Notícia actualizada às 12h30 com cotações

Numa primeira reacção à saída de Berlusconi as bolsas estavam no verde, mas essa tendência positiva já está muito longe. Os receios em relação à Itália voltam a ensombrar e as principais bolsas estão a negociar em queda.

Itália segue a perder 3,65 por cento, numa altura em que os juros da dívida do país, em duas maturidades, já atingiram a barreira dos 7%.

Na maturidade a dois anos os juros da dívida italianos estão nos 7,135 por cento, enquanto que na maturidade a 10 anos seguem nos 7,015 por cento. Note-se que a barreira dos 7 por cento tem sido apontada, por muitas vozes, como o limite acima do qual se torna muito difícil o financiamento dos mercados.

«Trocando por miúdos», os investidores começam a recear um incumprimento por parte de Itália e exigem cada vez mais dinheiro para comprar títulos do curto-prazo.

Mercado accionista

Como sempre perante este cenário, o sector financeiro é um dos mais afectados. O BCP segue a perder 5,04 por cento para 0,113 euros, o BES desvaloriza 4,01 por cento para 1,315 euros, o BPI recua 5,33 por cento para 0,425 euros.

Neste momento está apenas uma empresa a negociar em terreno positivo: a Altri SGPS, que avança 1,32 por cento para 1,21 euros.

Europa em queda acentuada

Lisboa segue com a menor queda da Europa, mas mesmo assim recua mais de 1%.

Em Espanha o cenário agrava-se: o IBEX35 está com uma queda de 2,4%, mas com o pior desempenho encontra-se a praça de Milão com uma descida de 3,65 por cento.