Trichet: «Taxas de juro continuam muito baixas» - TVI

Trichet: «Taxas de juro continuam muito baixas»

Presidente do Banco Central Europeu não quis comentar quais serão as próximas decisões, mas deixou antever subidas

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O Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta quinta-feira aumentar a taxa de juro de referência da Zona Euro para 1,5%, mas, mesmo assim, Jean-Claude Trichet avisou que as «taxas de juro continuam muito baixas», deixando antever mais subidas para os próximos tempos.

No entanto, na habitual conferência que se segue à reunião mensal da instituição, Trichet não quis tecer mais comentários sobre futuras decisões, segundo a Reuters.

O responsável do BCE garantiu que vão continuar a «monitorizar de muito perto os desenvolvimentos para evitar riscos contra a estabilidade dos preços», considerando que a «incerteza continua muito elevada».

Trichet apontou que a inflação na Zona Euro ultrapassou o patamar dos 2%, a barreira fixada pelo BCE, nos «últimos meses».

Garantindo que «novos ajustamentos da política monetária estão garantidos», o presidente do BCE deixou claro que os juros estão, neste momento, apropriados às condições actuais, nomeadamente da inflação.

«A nossa política monetária continua acomodatícia, suportando a actividade económica e a criação de emprego», disse o responsável aos jornalistas.

Jean-Claude Trichet garantiu, na mesma conferência, que vai facilitar o acesso de Portugal a financiamento de emergência.

Os decisores do BCE estão a tentar equilibrar dois riscos: a crise nos mercados da dívida e o perigo de que a recuperação da Alemanha direccionada para as exportações alimente uma espiral de inflação.

Trichet deixou ainda dois alertas. O primeiro para os bancos: «Os bancos que têm acesso limitado ao mercado de financiamento precisam, urgentemente, de aumentar o seu capital», disse o presidente do BCE garantindo que vai «acompanhar de muito perto os resultados dos testes de stress».

O segundo, foi à Grécia: «o BCE não aceita incumprimento selectivo».

O responsável pelo BCE escusou-se, no entanto, a comentar sobre se o banco central fará a sua própria avaliação ou se confiará nas agências de rating para determinar se a Grécia está em bancarrota ou não.

[Notícia actualizada às 15hH00 com mais informação]
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