Assembleia geral da Cimpor suspensa até 6 de julho - TVI

Assembleia geral da Cimpor suspensa até 6 de julho

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Durante a reunião desta manhã foi aprovado o primeiro ponto da ordem de trabalhos

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A assembleia geral de acionistas da Cimpor foi suspensa até dia 6 de julho, disse aos jornalistas um acionista que não se quis identificar.

Segundo este acionista, durante a reunião desta manhã foi aprovado o primeiro ponto da ordem de trabalhos, que se refere aos documentos de prestação de contas.

A assembleia-geral de acionistas decorre numa altura em que a Cimpor é alvo de uma OPA, lançada pela InterCement, detida pela brasileira Camargo Corrêa, que é a maior acionista da cimenteira (32,9 por cento do capital).

Na OPA lançada a 30 de março, a InterCement oferece 5,50 euros por ação, um valor que a administração da Cimpor considera muito baixo e que, aliado à falta de informação sobre as intenções da brasileira para o futuro da empresa, levou a que não recomendasse a venda.

Na sequência da OPA da InterCement, a Semapa apresentou, a 05 de abril, uma proposta alternativa.

A empresa detida pelo empresário Pedro Queiroz Pereira apresentou à Caixa Geral de Depósitos e à Pensõesgere (Sociedade Gestora de Fundos de Pensões) - dois dos acionistas da Cimpor - uma proposta relativa à aquisição, por uma sociedade a constituir, do conjunto das suas participações na cimenteira, oferecendo 5,75 euros por ação.

Antes da apresentação da proposta da Semapa, a Caixa Geral de Depósitos e o Fundo de Pensões do BCP já tinham anunciado que iriam vender as suas participações (9,6 e 10 por cento, respetivamente) no âmbito da OPA da brasileira.

A InterCement criticou, entretanto, a proposta da Semapa, dizendo que a comparação com a sua oferta é «enganadora«.

Além da Caixa Geral de Depósitos, do Fundo de Pensões do BCP e da Camargo Corrêa, são acionista da Cimpor a brasileira Votorantim (21,1 por cento) e o empresário Manuel Fino (10,7 por cento).

Depois da assembleia-geral, durante a tarde, são ouvidos no Parlamento, a pedido do PS, os presidentes da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), do conselho de administração da Cimpor e da Caixa Geral de Depósitos, para prestarem esclarecimentos sobre a OPA.
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