Autoeuropa ultrapassa 100 mil veículos em 2010 - TVI

Autoeuropa ultrapassa 100 mil veículos em 2010

Sharan

Fábrica de Palmela espera aumentar produção este ano

Relacionados
A Autoeuropa produziu um total de 101.284 veículos em 2010 e prevê um aumento da produção em 2011 com a entrada do modelo Volkswagen Sharan no mercado chinês, disse esta quarta-feira o director-geral da empresa, António Melo Pires.

O responsável da fábrica de Palmela, que falava no habitual encontro com jornalistas no início de cada ano, explicou os resultados alcançados em 2010 com a «melhoria do mercado alemão», principal destino das exportações da Autoeuropa, e com a «entrada em força do grupo alemão no mercado chinês».

As perspectivas para 2011 «são bastante positivas, uma vez que temos três produtos em fase de juventude, com mercados muito fortes com apetência por esses produtos», disse, sublinhando a importância do mercado alemão para a Volkswagen Sharan.

«No caso da China, vamos continuar uma recuperação muito forte do Scirocco e vamos introduzir o Volkswagen Sharan, o que nos faz esperar que o mercado chinês seja um dos principais no próximo ano», acrescentou.

António Melo Pires referiu ainda que a principal preocupação da empresa em 2011 passa por «garantir os níveis de produtividade e de qualidade dos produtos» da fábrica de Palmela, aumento de eficiência do sistema logístico e pela redução de custos dos transportes, bem como o reforço da rede de fornecedores em Portugal.

Ao nível dos transportes, António Melo Pires salientou a importância do transporte ferroviário, lembrando que a empresa tem montado um sistema de transporte por comboio até Barcelona, que já está a ser utilizado e que permite reduzir o transporte rodoviário de e para a Autoeuropa.

«A nossa equipa estabeleceu uma meta de redução de custos de transportes de 25 por cento, em relação àquilo que pagamos hoje», disse o responsável da fábrica de Palmela.

António Melo Pires salientou ainda o esforço que tem vindo a ser desenvolvido pela empresa no sentido de ter cada vez maior número de fornecedores portugueses, mas lembrou a necessidade de as empresas terem capacidade de resposta para fornecerem todo o grupo Volkswagen e, eventualmente, outros grupos do sector automóvel.

«Acho que o futuro da indústria portuguesa é a internacionalização. A Autoeuropa, só por si, não justifica um fornecedor de componentes de automóveis, não tem mercado suficiente. [A indústria portuguesa] tem que se internacionalizar, tem que fornecer para todo o grupo Volkswagen e para outros construtores internacionais», disse.
Continue a ler esta notícia

Relacionados