Base da TAP: «Ninguém vai pensar em mudá-la de Lisboa» - TVI

Base da TAP: «Ninguém vai pensar em mudá-la de Lisboa»

Processo de privatização «já se iniciou a nível interno». Fernando Pinto fala apenas em «interessados informais», mas não aponta nomes

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O presidente da TAP garantiu esta terça-feira, no que diz respeito à base da companhia aérea, que «ninguém vai pensar em mudá-la daqui», de Lisboa.

«A posição geográfica do aeroporto de Lisboa é fundamental. Então ninguém vai pensar em mudar essa posição daqui. É a principal vantagem», disse Fernando Pinto, à margem do debate «A crise do euro e o processo de ajustamento em Portugal», organizado pelo Fórum de Administradores de Empresas.

«Não há dúvida nenhuma que a TAP gera um grande interesse pela posição estratégica que ela formou aqui em Lisboa e a posição no mercado que ela tem - dois mercados importantes: África e Brasil, que têm grande crescimento e continuam em forte crescimento». «A TAP tem o domínio do Atlântico Sul. É uma empresa interessante».

«Há interessados informais»

Optimista no que toca à privatização da empresa, Fernando Pinto não deixou claro se fica na TAP depois de concluído o processo. Essa decisão fica para tomar depois de saber quem vai comprar.

Adiantou apenas que o processo de privatização «já se iniciou a nível interno», mas não quis falar do número de interessados em comprar a companhia aérea. O responsável referiu só que a existência de «interessados informais», sem, no entanto, dizer quais. «Há empresas que já foram à frente. É verdade que a IAG já veio falar, mas outras comentaram connosco o interesse, mas não o fizeram oficialmente».

Privatização a 100%? E para onde vai o dinheiro?

Sobre se a venda vai acontecer a 100%, Fernando Pinto disse que «essa é uma decisão do Governo que ainda não foi tomada».

Num cenário de privatização total, que poderia render até 1,2 mil milhões de euros, segundo noticia hoje o «Diário Económico», o presidente da TAP foi evasivo na resposta, quando confrontado pelos jornalistas: «Eu vi que foram divulgados valores, mas de maneira nenhuma podemos assinar por baixo. Os cálculos são bem mais complexos do que pura e simplesmente pegar em números e brincar com eles. Não diria que está nem para cima nem para baixo. Esse valor não existe ainda».

De qualquer modo, Fernando Pinto defende que o dinheiro obtido com a venda deveria servir também para recapitalizar a TAP: «Que precisa de ser recapitalizada, não há dúvida nenhuma. A empresa não recebe qualquer tipo de capital do Estado há quase 15 anos. Vive por meios próprios. Desde 2000, quando cheguei aqui já precisava de muito capital e até hoje isso não melhorou».

É certo que a TAP «está muito bem no aspecto operacional e quanto ao pagamento da dívida, mas a capitalização é que até hoje nunca foi feita e precisa de ser feita«, frisou.

E se fossem operadoras do mesmo país a manifestar interesse pela ANA e pela TAP? O responsável disse que isso «pode ser interessante, mas tem de ser analisado».
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