O presidente do Millenium BCP, Carlos Santos Ferreira, reconheceu este sábado que os bancos estão mais selectivos na concessão de crédito, mas considerou que o nível de malparado não é preocupante comparativamente a outros países.
«Estamos com certeza mais selectivos, não é possível financiar empresas que não tenham capitais próprios suficientes», exemplificou Carlos Santos Ferreira, após a cerimónia do Dia Millenium, citado pela Lusa.
O banqueiro adiantou que há menos recurso ao crédito, mas sublinhou que «o nível de crédito mal parado não é preocupante» se comparado com outros países.
Santos Ferreira lembrou ainda que o negócio dos bancos não se centra, apenas, na concessão de crédito, mas assenta também na captação da poupança, que subiu no ano passado.
Já sobre o aumento dos juros da dívida soberana que se verificou durante esta semana afirmou que «não é bom», mas disse por outro lado que o anúncio da apresentação de uma moção de censura «não teve nenhum efeito nos mercados, nem para cima nem para baixo».
Quanto aos rumores de que o BCP se prepara para vender a sua filial na Polónia, o presidente do banco garantiu: «Não há nenhum mandato do BCP para alienar partes ou a totalidade da operação na Polónia», acrescentando que «anunciar qualquer alienação ou venda antes de a fazer só serve para desvalorizar a operação».
«O BCP tem 66 por cento do banco da Polónia [Bank Millennium] e a nossa intenção é mantermo-nos maioritários», adiantou Carlos Santos Ferreira, admitindo que faz sentido «haver parcerias com parceiros que tenham especial know how em determinadas áreas de negócio».
BCP: «Nível do malparado não é preocupante»
- Redação
- RL
- 12 fev 2011, 20:01
Presidente do maior banco privado nacional garante que concessão de crédito está mais apertada
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