BPN: privatização envolta em «ilegalidades» - TVI

BPN: privatização envolta em «ilegalidades»

UGT

UGT diz que maneira como decorre todo o processo «não é muito feliz»

Relacionados
A privatização do BPN está envolta em «ilegalidades políticas e laborais», nomeadamente no que respeita aos seus trabalhadores. É o que acusa o secretário-geral da UGT, João Proença, que critica a forma como está a ser feita a privatização do banco.

«A maneira como decorre a privatização do BPN não é muito feliz», disse João Proença à agência Lusa, lembrando que já passou um mês desde que o Governo anunciou a sua decisão e ainda nem sequer foi feito o contrato de promessa.

O sindicalista considerou a situação «profundamente negativa», porque está a criar «um clima de instabilidade e insegurança» nos trabalhadores do BPN.

«Este processo está ferido de ilegalidades políticas e laborais pois já se fala na extinção do BPN, quando o que está em causa é a privatização do capital do banco».

O sindicalista criticou ainda que responsáveis do BIC (banco que foi escolhido pelo Governo para comprar o BPN) tenham declarado publicamente que iriam escolher os trabalhadores com que iriam ficar no banco a reprivatizar.

«Isto seria completamente ilegal. Provavelmente vai haver um despedimento colectivo, mas tem de ter critérios legais», afirmou João Proença.

O líder da UGT assegurou que os sindicatos dos bancários filiados na central sindical vão defender os trabalhadores do BPN por «todos os meios legais e políticos» ao seu alcance e tentarão, nomeadamente, converter os despedimentos «em rescisões amigáveis atractivas para os trabalhadores».

A privatização do BPN, em particular, e de empresas públicas, em geral, será um dos temas a discutir na primeira reunião do Secretariado Nacional da UGT depois do período de férias, que se realiza quinta-feira.
Continue a ler esta notícia

Relacionados