Marcos Batista suspendeu ontem o seu mandato como administrador dos CTT, depois de terem sido levantadas dúvidas, na comunicação social, sobre a conclusão da sua licenciatura.
O responsável em causa apresentava-se como licenciado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), aliás como consta no despacho de nomeação publicado em Diário da República. Mas afinal «o curso não foi concluído», já que o responsável não terá completado as cadeiras necessárias.
À Agência Financeira fonte oficial confirmou que, de facto, os CTT receberam «o pedido de suspensão. O Conselho de Administração aceitou o pedido [de Marcos Batista], e reencaminhou-o para o Conselho Fiscal. Agora aguardamos a clarificação deste assunto».
O jornal «i» diz na edição desta sexta-feira, que Marcos Batista, ex-sócio do secretário de Estado Paulo Campos e por este nomeado para os CTT, terá «falsificado o seu currículo, a sua licenciatura».
Ontem, quando pediu suspensão, Marcos Batista mostrou-se surpreendido com as dúvidas levantadas.
«Faço-o por razões de foro pessoal. Tendo sido recentemente surpreendido por dúvidas sobre a minha formação académica, creio que devo pedir a suspensão das minhas funções até ser possível clarificá-las», escreveu num comunicado entretanto enviado pelos CTT.
O administrador assegurou que «sempre esteve convencido que o percurso académico com oito anos de frequência universitária e elevado número de cadeiras concluídas, em mais do que um plano de estudos curriculares, corresponde a um curso superior à luz das equivalências automáticas do processo de Bolonha».
«Mesmo não sendo exigido qualquer curso universitário para o desempenho das funções que até aqui assumi, enviei este pedido para que não restem dúvidas da minha honorabilidade e boa fé», acrescentou.
Marcos Batista terá pedido já ao ISEG a devida avaliação curricular.
CTT: desconfiam da licenciatura de administrador
- Redação
- CPS
- 1 abr 2011, 10:46
Administrador dos CTT suspende mandado. Apresentava-se como licenciado pelo ISEG mas afinal não completou as cadeiras necessárias
Continue a ler esta notícia