Despesa: Gaspar passa «batata quente» a deputados - TVI

Despesa: Gaspar passa «batata quente» a deputados

Vítor Gaspar

Ministro lança desafio aos partidos da maioria para que apresentem propostas para cortar mais gastos do Estado

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O ministro das Finanças passou esta manhã a «batata quente» dos cortes na despesa para os deputados da maioria PSD/CDP-PP, desafiando-os a apresentarem mais propostas de corte, para além das que o Governo pretende levar avante.

Segundo o jornal «Expresso», Vitor Gaspar propôs aos deputados, numa reunião que decorreu esta manhã para discutir a proposta do Governo, que encontrem medidas que possibilitem um corte adicional de despesa entre 500 e mil milhões de euros.

Caso se encontrem essas alternativas, será possível «calibrar» o «enorme aumento de impostos» ontem anunciado.

A Agência Financeira contactou o Ministério das Finanças, que não se quis pronunciar sobre este notícia, sublinhando apenas que a reunião decorreu à porta fechada e que a informação que está a circular não foi veiculada pelo ministério.

Entretanto, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, declarou que há margem na proposta de Orçamento para novos cortes na despesa, embora tenha advertido que reduzir despesa significa em Portugal «facilidade» no discurso político e «dificuldade na execução».

No entanto, o ministro das Finanças avisou os deputados que eventuais propostas de alteração ao Orçamento terão de ser sujeitas à aprovação da troika, e que o «caminho é estreito», ou seja, não existe muita margem de manobra para alterar o Orçamento, até porque, defende, «as metas do corte da despesa são já muito ambiciosas».

Assim, tudo indica que o Governo, na figura de Vítor Gaspar, poderá recuar um pouco na intransigência de que a proposta de Orçamento do Estado ontem apresentada é a única possível, estando aberto a novas ideias no que toca à despesa.

Os deputados da maioria confrontaram Gaspar com a falta de ambição nos cortes da despesa. Gaspar quer então ouvir que ideias têm PSD e CDS-PP para eliminar mais gastos do Estado.

Recorde-se que, ontem, o ministro das Finanças disse que o Governo não tem «margem de manobra».
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