O primeiro-ministro referiu no debate quinzenal que as dívidas das empresas públicas, especialmente as dos transportes, são «um preço que o país vai ter de enfrentar» pelo menos «nos próximos 15 anos».
A propósito das dívidas acumuladas pelas empresas de transportes, como a CP, Metro, Carris, entre outras, Passos Coelho desabafou: «Nós não podemos passar uma esponja sobre o passado, infelizmente». Nem pagá-las com «aumentos de tarifas» ou uma «boa gestão».
As dívidas de 30 mil milhões «têm encargos», e «esses encargos, só em quatro empresas públicas» representam um agravamento de 270 milhões de euros no Orçamento do Estado do próximo ano, porque, lembra Passos, as regras de Bruxelas obrigaram a que fossem incluídas no perímetro de consolidação orçamental.
Só a CP, cujo passivo ascende aos 4 mil milhões de euros, paga de juros mais de 100 milhões de euros.
E, por isso, a austeridade, garante o primeiro-ministro: «Se falharmos a meta orçamental, as empresas e a banca vão ao fundo com o Estado português».
Dívidas dos transportes vão arrastar-se por 15 anos
- Judite França
- Catarina Pereira
- 14 out 2011, 13:07
«Nós não podemos passar uma esponja sobre o passado, infelizmente»
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