Durão Barroso defende imposto sobre banca - TVI

Durão Barroso defende imposto sobre banca

Durão Barroso (Lux)

Matéria vai estar em cima da mesa na cimeira do G20. Objectivo é relançar economia

Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, manifestou-se esta terça-feira a favor da criação de um imposto para os bancos. A ideia é ajudar a economia a recuperar da crise económica.

«Estou a apoiar a ideia de um imposto sobre os bancos», disse o presidente da Comissão Europeia no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, citado pela Bloomberg.

«Penso que esta é uma matéria para o G20. É justo que a banca, depois de todos os problemas que criou para a situação económica, também dê um contributo para o futuro das nossas economias», acrescentou.

A posição de Barroso surge dias depois de os ministros e banqueiros centrais terem considerado, em Madrid, que a imposição de um imposto específico para o sector bancário podia ter como consequência uma degradação das condições de acesso ao crédito.

«Combater desemprego entre jovens é prioritário»

O presidente da Comissão Europeia considerou ainda uma prioridade combater o desemprego entre os jovens, que ultrapassa a taxa de 20% na União Europeia.

«Mais de 20% dos jovens estão desempregados» recordou o líder do executivo comunitário, sublinhando que a Estratégia Europa 2020, que pretende um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, prevê iniciativas concretas, como «aumentar a formação profissional» com financiamento europeu.

A movimentação da juventude, o emprego para a juventude e a qualificação para novos empregos são iniciativas previstas na UE 2020 e destacadas por José Manuel Durão Barroso no debate mensal no Parlamento Europeu, nesta sessão dedicado ao tema do emprego.

«Para a Europa ser mais competitiva, temos que aumentar o emprego», salientou também Durão Barroso, acrescentando que «enquanto não aumentarmos o crescimento, não podemos restaurar os níveis de emprego» que havia antes da crise económica e financeira.

O presidente da Comissão Europeia reconheceu contudo que «a situação do mercado de trabalho continua a deteriorar-se», mas recordou que «só há nove meses começámos a recuperar de uma depressão muito profunda».
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