A liquidação do BPP é vista pelo presidente da Privado Holding (dona do banco), Diogo Vaz Guedes, como «a pior solução de todas», já que diz que os custos para o erário público poderão ascender a 700 milhões de euros, nota a Lusa.
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«É o culminar esperado desde há muito tempo, devido à inexistência de vontade política para viabilizar o banco», reagiu à agência Lusa Diogo Vaz Guedes, depois de o supervisor bancário ter hoje anunciado que retirou a autorização para o exercício da actividade do Banco Privado Português (BPP), justificando a decisão com a «inviabilidade dos esforços de recapitalização e recuperação» do banco.
Segundo o responsável, esta «é a pior solução de todas e implica que o erário público tenha que se confrontar com custos verdadeiramente loucos ao longo dos próximos anos para comportar esta situação, que custará, provavelmente, mais de 700 milhões de euros».
O presidente da Privado Holding diz que a administração da entidade que detém 100 por cento do BPP fez «tudo o que era possível para encontrar soluções para recapitalizar a instituição», esforços que diz terem esbarrado na falta de vontade política das autoridades.
A falência do BPP penaliza, de acordo com Vaz Guedes, os clientes, os accionistas e o erário público, além «da imagem internacional de Portugal, que será afectada pela falência de um banco».
O presidente frisou à Lusa que, agora, a Privado Holding «vai fazer tudo para defender os interesses dos accionistas», sem querer especificar quais as medidas que serão tomadas.
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Falência do BPP custa mais de 700 milhões ao Estado
- Redação
- LF
- 16 abr 2010, 19:31
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Presidente da Privado Holding, Diogo Vaz Guedes, vê esta como a «pior solução de todas»
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