Google: «Microsoft e Nokia querem aumentar preços dos telemóveis»

A Google acusou a Nokia e a Microsoft de estarem juntas para aumentar os preços que os consumidores pagam pelos equipamentos móveis. O maior motor de busca da web apresentou já uma queixa na Comissão Europeia contra as duas tecnológicas que acusa de se terem juntado para lançar uma cruzada de patentes. A queixa surge depois de a Microsoft ter ganho um processo contra a Motorola por, alegadamente, ter violado patentes, como adianta a Reuters.

Como a Agência Financeira noticiou nas últimas semanas, a Google comprou a unidade de telemóveis da Motorola porque quer apostar na entrada do mercado dos telemóveis.

O motor de busca acrescentou na sua acusação a alienação de 10 patentes da Nokia à empresa MOSAID, cujas fontes de rendimento são, supostamente, as disputas em tribunal e as taxas relativas à propriedade intelectual.

A Google anunciou, em comunicado, que «a Nokia e a Microsoft estão concertadas para aumentar os preços que os consumidores pagam pelos equipamentos móveis por parasitas de patentes, que permitem contornar os compromissos que as duas companhias assumiram. Estas empresas deveriam ser fiscalizadas e esperamos que a nossa queixa leve outras entidades a analisar estas práticas».

Em reação a estas declarações, a Microsoft sublinhou que existem mais empresas suspeitas de recorrer a práticas abusivas e que a «Google está a fazer queixas relativas a patentes, mas não dá resposta às crescentes preocupações que os reguladores, representantes eleitos pelo povo e juízes, revelam sobre o abuso de patentes que são essenciais, e ainda se queixa de práticas anticoncorrenciais no segmento dos smartphones, quando hoje controla mais de 95% do segmento das pesquisas e da publicidade nos telemóveis».

Por sua vez, a Nokia acusou a Google de «não respeitar a propriedade intelectual», acrescentando que «apesar de ainda não termos visto a acusação, a suspeita que a Google lança quanto a uma concertação entre a Nokia e a Microsoft em torno da propriedade intelectual está errada. As duas companhias têm os seus portfolios de propriedade intelectual, diferentes estratégias e operam de forma independente», concluiu.