Honda Portugal aposta no novo CR-Z

O Honda CR-Z, um coupé híbrido a lançar no mercado nacional a 22 de Maio, é estratégico para a Honda Portugal, que em 2010 pretende atingir 2,5% de quota.

«A importância é muito grande porque temos um objectivo ambicioso de vendas para 2010, na ordem das 500 unidades», disse o responsável do departamento de comunicação do importador da marca japonesa.

Segundo Carlos Cerqueira, este é um volume decisivo no total de vendas que a Honda Portugal pretende atingir este ano: passar das 3.634 unidades vendidas em 2009 para cerca de 4.000, o que representa subir a quota de mercado de 2,26 para 2,5% um «objectivo muito ambicioso», escreve a Lusa.

Quebra nas vendas de 10,5%

Nos primeiros quatro meses do ano, a Honda está com uma queda nas vendas de 10,5% e uma quota de mercado de 1,26%.

A crise dos últimos anos obrigou, de acordo com o mesmo responsável, a Honda Portugal a adoptar «políticas de emagrecimento» e a fazer «alguns cortes», tendo sido «fundamentais» o «apoio e esforço muito grande da rede de distribuição» da marca.

«O período continua a ser difícil para o mercado automóvel. Algumas pessoas mais cépticas acham que vamos passar agora o momento mais difícil, mas nós achamos que o mais difícil foi 2009 e que, com o leque de produtos que oferecemos, podemos subir a quota de mercado», referiu.

Carlos Cerqueira considera que «ter modelos novos é fundamental para animar as equipas de vendas e os concessionários da marca», funcionando como um factor de «motivação».

«Para além do volume de vendas, o CR-Z é importante para nós por ser um modelo híbrido e os híbridos terem uma importância cada vez maior nas marcas», frisou, adiantando: «Não ter um concorrente directo claro que é uma vantagem. Pelo design, modernidade e linhas agressivas, vai ser um modelo de sucesso».

Apesar de o conceito de híbrido desportivo 2+2 lugares o deixar sem concorrentes directos, Carlos Cerqueira admite que o CR-Z vai ter «uma concorrência difícil em termos de perfil de clientes», podendo ter como adversários modelos como o Mini, o Alfa Romeo MiTo ou o Citroën DS3.

Herdeiro da estética da segunda geração do CR-X, produzida em finais dos anos 80 e inícios dos 90, o CR-Z tem como particularidades ser o primeiro Honda híbrido com caixa de seis velocidades e dispor de três modos de condução - normal, económica e desportiva.

Equipado com um motor a gasolina de 1500 cc e 124 cv combinado com um motor eléctrico de 14 cv - reparte o sistema IMA com o Insight, mas com software e programações diferentes -, o CR-Z apresenta uma potência combinada de 124 cv e promete emissões de CO2 de 117 g/km, pelo que beneficia do programa de incentivo ao abate.

A Honda propõe o CR-Z com três níveis de equipamento, seis cores diferentes e preços entre os 22 650 e os 26 mil euros.