Jornal «i» corta custos para «não hipotecar futuro» - TVI

Jornal «i» corta custos para «não hipotecar futuro»

Jornal «I»

Explicação dada pelo administrador do grupo Lena, na véspera do primeiro aniversário do diário

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O grupo Lena decidiu reduzir os custos do «i» para não hipotecar o futuro do jornal. A explicação foi dada à Lusa pelo administrador Francisco Santos numa entrevista a propósito do 1º aniversário do jornal, na sexta-feira.

O corte nos custos, que levou à demissão do director do jornal, Martim Avillez Figueiredo, por considerar que a decisão ia «desfigurar» o projecto para que foi desafiado em Julho de 2008, «já está em curso», adiantou Francisco Santos.

«Era urgente tomar decisões e agir, sob pena de hipotecarmos o futuro do projecto», disse o administrador da Sojormedia, holding do grupo Lena para a comunicação social.

Grupo Lena garante estar «à procura de novo rumo» para o «i»

Entre as medidas a adoptar, o administrador sugeriu a Martim Avillez Figueiredo a «reorganização da redacção, com o objectivo de atingir uma redução de custos no valor de 30 mil euros mensais», «reduzir 20% de custos com serviços de agências noticiosas» e «reduzir oito páginas no suplemento ireportagem».

Estas reduções dos gastos podem, ainda assim, não ser suficientes para os planos do grupo, já que se mantém aberta a possibilidade de vender o jornal e outros 16 órgãos de comunicação social detidos pela empresa.

Escusando-se a avançar mais pormenores sobre o assunto, Francisco Santos admitiu que «o assunto está a ser analisado».

A dívida do grupo de Leiria ronda os 600 milhões de euros, sendo que para fazer face aos investimentos com que se comprometeu terá necessidades de financiamento de 140 milhões até ao final de 2011, 46 milhões dos quais já este ano, escreve a Lusa.

O jornal implicou um investimento global de 10,4 milhões de euros que, de acordo com as estimativas avançadas há um ano pelos responsáveis, começaria a dar resultados positivos em cinco anos.

«Só passou um ano, por isso ainda estamos longe do break-even. De qualquer forma, a conjuntura económica agravou-se e face aos resultados era necessário fazer ajustamentos e corrigir desvios. Mas isso é o quotidiano habitual das empresas que se querem bem geridas», sublinhou Francisco Santos.
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