Lula quer PT na banda larga do Brasil - TVI

Lula quer PT na banda larga do Brasil

Zeinal Bava, foto Lusa

Portugal Telecom é a empresa escolhida pelo presidente brasileiro para democratizar o acesso à Internet no país

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A Portugal Telecom é a escolhida por Lula da Silva. O presidente brasileiro anunciou ontem, quarta-feira, em Lisboa, que a PT é a operadora preferida pelo seu Governo para estender a banda larga a toda a população brasileira.

A empresa «tem um forte investimento no Brasil», uma terra «onde sempre há espaço para crescer. Era importante nós discutirmos com a Brasil Telecom como a gente vai crescer no mercado africano, no mercado brasileiro e no mercado latino-americano», apontou o presidente brasileiro, durante a X Cimeira entre Portugal e Brasil, ao lado do primeiro ministro português, José Sócrates.

«Criamos agora uma empresa para investir em banda larga. Queremos levar a banda larga a todos os rincões do nosso país, queremos transformar a banda larga num direito de cada cidadão e não num privilégio de quem tem dinheiro», defendeu. Lula da Silva disse ainda que «é preciso que a gente consiga vender isso mais barato para o povo brasileiro e, obviamente, isso vai contar com a parceria dos companheiros portugueses».

A notícia surge numa altura em que a PT está em clima de tensão com a Telefónica, por causa da oferta da empresa espanhola para obter a participação da PT na Vivo, no Brasil.

O presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, já tinha dito em Julho do ano passado que a operadora portuguesa tem a experiência e a vontade de lançar em grande escala a banda larga no Brasil.

«Temos sido pioneiros em Portugal na massificação do acesso à banda larga e do acesso ao computador a todas as crianças que estão na escola», disse naquela altura o presidente da PT, acrescentando que seria «uma honra» levar o «know-how» português para o Brasil.

Zeinal Bava ressalvou também que a carga tributária na telefonia móvel na terceira geração «é muito elevada», no Brasil, representando em torno de 44% das receitas de serviços. «A democratização do acesso à terceira geração ou à Internet, por meio do telemóvel, tem que ser feita obrigatoriamente através de alguma redistribuição dessa carga tributária», defendeu Zeinal Bava.

Ou seja, «colocar o Brasil na linha da frente» da Internet só com «tarifários mais atractivos para os consumidores».
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