Mais de um bilião de dólares «empatado» em medidas anticrise - TVI

Mais de um bilião de dólares «empatado» em medidas anticrise

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OCDE estima que cerca de 815 mil milhões de euros esteja ainda destinado como resposta à crise dos países do G20

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Mais de um bilião de dólares (cerca de 815 mil milhões de euros) é o valor estimado pela OCDE e pela UNCTAD dos compromissos derivados das medidas de resposta à crise dos países do G20 em Maio.

«Treze países continuam na posse de um nível extraordinário de activos e imparidades que ficaram como herança dos pacotes de emergência, mesmo depois desses pacotes terem sido fechado a novas entradas», afirma um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD).

O relatório hoje divulgado, como trabalho preparatório para a próxima reunião dos representantes do G20, os países mais industrializados do mundo e economias emergentes, aponta ainda que os Estados assumiram compromissos em apenas algumas empresas do sector financeiro que atingiram várias centenas de milhares de milhões de dólares.

Destas empresas do sector financeiro, apenas um lote muito restrito já pagou as ajudas públicas, recompraram as participações ou extinguiram as garantias estatais que lhes foram prestadas, acrescenta o relatório, que examina as medidas de investimento nos países do G20 entre Novembro de 2009 e Maio de 2010.

«Várias centenas de empresas financeiras continuam a beneficiar deste tipo de apoios públicos e nos sectores não financeiros, pelo menos 20 mil empresas continuam a beneficiar dos pacotes de apoio de emergência», diz ainda.

Nas recomendações aos líderes do G20, que se reúnem em Toronto, Canadá, a 26 e 27 de junho, as duas agências apelam a uma retirada destas medidas de emergência, de forma a não perturbarem os fluxos de investimento internacionais.

A OCDE e a UNCTAD apelam ainda para que os líderes mundiais renovem o seu combate ao protecionismo no comércio internacional e que acelerem o processo de reforma do sistema financeiro de modo a restaurar a confiança dos agentes no sistema financeiro e na economia de mercado.

As duas organizações deixam no entanto um louvor aos países do G20, considerando que estes conseguiram resistir à introdução de um maior proteccionismo apesar da crise económica e financeira que afectou a generalidade das economias.
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