Mais produtividade? «Nuvem» resolve - TVI

Mais produtividade? «Nuvem» resolve

Microsoft Office 2010 - Word

Microsoft lançou Office 2010 e reforçou aposta no cloud computing, a nuvem que promete revolucionar as tarefas laborais. Mudanças podem chegar ao dia-a-dia dos próprios jornalistas

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O propósito era um: o lançamento do Microsoft Office 2010. Mas acabou por ser uma viagem ao futuro da produtividade, uma visão daquilo que podem vir a ser as próprias redacções de jornalismo. Dentro de bem pouco tempo. Parece que trabalhar vai ser cada vez mais fácil, mesmo a partir de casa ou em viagem. E parece que a chave está na «nuvem». A Agência Financeira foi conhecê-la.



Imagine que é um jornalista que presencia um acontecimento digno de notícia. Agarra no Office Mobile 2010, anota tudo o que se passa no bloco de notas digital do telemóvel e ainda consegue associar a gravação de uma entrevista. Chega à redacção e, depois de sincronizar os dados com o computador de trabalho, já tem grande parte do trabalho feito.



Pode recorrer ainda a uma biblioteca digital, onde vão estar inseridas as fotografias da reportagem, e ao Outlook Social Connector para procurar o contacto de um especialista que pode clarificar algum aspecto mais técnico ao leitor.

Melhor, até pode fazer uma edição conjunta da peça, com o seu editor ou com o tal especialista. Mesmo que estejam fisicamente distantes. Pode até associar informação estatística à peça, com recurso a bases de dados gratuitas que detêm esses indicadores.



E tudo graças à cloud (nuvem), num «processo imediato», em que o jornalista consegue aceder e controlar facilmente informação dispersa. Tudo com «muita produtividade», garantiu o product manager da Microsoft, João Bilhim, aos jornalistas.



Mas o que é isto da «nuvem»?



O software que é executado nos computadores recorre cada vez mais a aplicações e serviços disponíveis na Internet, a partir de centros de dados remotos. É aquilo que se chama de cloud computing, a «nuvem» revolucionária.



E porquê falar de cloud agora? Para já, porque «permite pagar proporcionalmente aquilo que utilizamos, ter custos mais baixos, mas previsíveis, e acelerar o retorno de investimento em tecnologia», explicou a directora geral da Microsoft em Portugal, Cláudia Goya.



O cloud é, no fundo, a «disrupção construtiva do mercado de tecnologia». A ideia é «criar experiências que combinem a magia do software com o poder da Internet, em qualquer dispositivo»: televisão, computador, telefone ou outro browser.



A nuvem já pairava há mais tempo pelo mercado português. As primeiras conquistas foram do Messenger, com 3,6 milhões de utilizadores activos e do Hotmail, com 3,9 milhões, o que representa já dois terços das contas gratuitas em Portugal.



Produtividade está acima da crise



No entanto, só agora é vista como «a grande oportunidade», assegurou Patrícia Fernandes, da Microsoft. A empresa aposta que a «nuvem» deverá crescer 18% por ano, até 2013, e cinco vezes mais do que o mercado tradicional de aplicações. Isto numa altura em que «as organizações têm menos dinheiro», mas precisam de «continuar a investir». A mudança de paradigma veio para ficar, sobretudo agora que «a divisão entre o eu profissional e o eu pessoal está a esbater-se».



Ou seja, vai tudo dar à produtividade. Daí que o Office 2010 tenha sido concebido para podermos aceder à tecnologia, independentemente do sítio onde estivermos.



Cláudia Goya mostrou-se optimista quanto à adesão a este novo software de trabalho: o objectivo é que «ao longo do próximo ano grande parte das organizações tenham este sistema de cloud computing e que daqui a dois anos metade das pequenas e médias empresas (PME) também». Nada que obrigue a pôr os anteriores softwares no lixo: «podem coexistir».



A tecnologia veio pois facilitar a vida dos jornalistas. Mas não só. Qualquer empresa poderá marcar pontos na produtividade com um software deste tipo. Todas as horas poderão traduzir-se num desempenho profissional útil. Em casa, no trabalho, ou a caminho dele. Sem obstáculos. «Tear down this wall», já dizia o presidente norte-americano Ronald Reagan, hoje evocado pela Microsoft.
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