Nuno Amado defende ética de ex-administrador financeiro do BCP - TVI

Nuno Amado defende ética de ex-administrador financeiro do BCP

Nuno Amado

Presidente do BCP diz que António Rodrigues é extremamente competente e um gestor cuidadoso

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Nuno Amado destacou esta quarta-feira em tribunal as qualidades pessoais e profissionais de António Rodrigues, antigo administrador financeiro do mesmo banco, no âmbito do julgamento do caso BCP.

«António Rodrigues é uma pessoa séria, que faz as coisas com base num sentido ético apurado», afirmou à juíza Nuno Amado, que foi chamado a depor por Rogério Alves, advogado de António Rodrigues, na qualidade de testemunha abonatória no julgamento do recurso apresentado pelos ex-gestores do BCP acusados pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de terem prestado informação falsa ao mercado, em factos que ocorreram entre 2002 e 2007.

Nuno Amado explicou que conhece António Rodrigues dos tempos da faculdade, portanto há mais de 35 anos, tendo ambos trabalhado juntos em Madrid, no início da carreira profissional, para uma empresa de consultadoria (a atual KPMG).

«Sempre o considerei uma pessoa extremamente competente, que conhecia as regras e os princípios do trabalho que fazia», afirmou Nuno Amado, acrescentando que António Rodrigues é um gestor «muito cuidadoso e que dominava muito bem as matérias financeiras».

O julgamento decorre no 2.º Juízo da 2.ª Secção de Pequena Instância Criminal, no Campus da Justiça (Parque das Nações), em Lisboa.

Neste processo, a entidade de supervisão acusa nove membros da anterior gestão do banco de terem prestado informação falsa ao mercado entre 2002 e 2007.

Em consequência dessa acusação, a CMVM aplicou coimas aos nove ex-administradores e decretou a inibição da atividade bancária a oito deles pelo máximo de cinco anos, mas os visados recorreram da decisão.

Alvo destas acusações estão Jorge Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, Christopher de Beck, António Rodrigues, Alípio Dias, António Castro Henriques e Paulo Teixeira Pinto, assim como Luís Gomes e Miguel Magalhães Duarte, ainda em funções no banco.
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