OE2012: Madeira pode ficar sem 200 milhões de euros - TVI

OE2012: Madeira pode ficar sem 200 milhões de euros

Alberto João Jardim [OCTÁVIO PASSOS/LUSA]

Consequência das violações dos limites de envididamento

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A Madeira pode ficar sem 200 milhões de euros das transferências orçamentais em 2012. O Governo pode vir a reter esse dinheiro por causa da violação dos limites de endividamento apurados este ano na região autónoma. É o que consta na versão preliminar do Orçamento para 2012.

No documento, a que a Lusa teve acesso, o Governo inscreve uma norma relativa às transferências orçamentais a realizar para a Madeira no próximo ano onde estabelece que «por violação dos limites de endividamento apurados no ano de 2011 as transferências referidas nos números 1 e 2 do artigo anterior relativamente à Região Autónoma da Madeira ficam sujeitas ao cumprimento do disposto no artigo 36.º da Lei orgânica n.º 1/2007, de 19 de Fevereiro».

As transferências de que fala esta norma são os valores orçamentais destinados à Madeira, que nesta versão preliminar do Orçamento ficam inalterados face ao estipulado no Orçamento de 2011, ou seja, 199.902.322 euros.

Mas a norma da Lei das Finanças Regionais que o Governo invoca no artigo da versão preliminar da proposta de lei do OE2012 impõe a retenção automática nas transferências do Estado no ano seguinte àquele em que houve uma violação dos limites de endividamento, o que foi confirmado no levantamento orçamental às contas da Madeira na sequência do pedido de um programa de ajustamento dirigido ao primeiro-ministro pelo líder da Administração Regional, Alberto João Jardim.

Fora do valor que pode ser alvo de retenção ficam apenas 50 milhões de euros previstos no documento para entregar à Madeira, ao abrigo da lei de meios, para a reconstrução da ilha após os estragos provocados pelo mau tempo de Fevereiro de 2010.

E os Açores?

No caso das transferências para a Região Autónoma dos Açores, os valores ficam exactamente iguais aos estipulados no Orçamento do Estado para 2011. A região irá receber, por isso, 350,1 milhões de euros.

Tanto a Madeira como os Açores voltam a ficar proibidas de contratualizar novos empréstimos, incluindo todas as formas de dívida, que impliquem um aumento do seu endividamento líquido.
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