OPA/Brisa: guerra aberta entre acionistas e comprador - TVI

OPA/Brisa: guerra aberta entre acionistas e comprador

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Abertis não aceita vender Brisa à Tagus ao preço de 2,66 euros/ação por considerar que está subvalorizado e quer uma avaliação externa. A Tagus, empresa compradora, rejeita

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A novela da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Tagus sobre a Brisa continua. No centro da polémica está, desta vez, a recusa da Tagus da proposta da Abertis em contratar um especialista independente para avaliar a empresa.

Em março deste ano, a Tagus (detida a 55% pela José de Mello Investimentos e a 45% pela Arcus European Infrastructure Fund) lançou uma OPA sobre a totalidade do capital social da concessionária de autoestradas portuguesas, pelo preço de 2,66 euros por ação.

A Abertis, acionista da Brisa, contestou o valor da proposta por achar que o preço das ações está subvalorizado e por querer «proteger melhor os acionistas minoritários e facilitar a distribuição de uma indemnização de controlo», adianta, pretendendo que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nomeie um avaliador.

A Tagus, em comunicado emitido esta terça-feira, rejeitou a pretensão, que classificou como «uma inusitada iniciativa de influência do regulador e do mercado», defendendo ainda que o preço da OPA «está em linha com a média dos analistas (¿), é superior em 8,64% ao mínimo legal exigido(¿) e foi avaliado e validado por bancos independentes de elevada reputação». E, que «a Goldman Sachs, assessor financeiro para a operação, publicou em março uma nota de research em que atribui um preço alvo de 2,20 euros».

No mesmo comunicado, a empresa criticou também o que designou por «sucessivas manobras de protelamento da oferta e de tentativa desesperada de maximização do encaixe com que a Abertis espera abandonar os seus investimentos em Portugal» e que «nenhum acionista é obrigado a vender na oferta», garantindo que «a Abertis continua a ser bem-vinda como acionista de referência da Brisa».

A espanhola Abertis é o terceiro maior acionista, com uma participação de 15,01% no capital e com 16,29% dos direitos de voto.
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