Ouro no Alentejo: empresa prevê 1,57 gramas por tonelada - TVI

Ouro no Alentejo: empresa prevê 1,57 gramas por tonelada

Ouro

Colt Resources encontrou em junho «graus impressionantes» daquele metal precioso na região

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A empresa canadiana Colt Resources, que desenvolve prospeções de ouro no Alentejo, onde encontrou, em junho, «graus impressionantes» daquele metal precioso, avançou esta terça-feira com uma estimativa independente que aponta para concentrações daquele metal na ordem das 1,57 gramas por tonelada, na zona de Boa-Fé, em Évora.

Segundo a empresa canadiana, estes dados fazem parte da estimativa inicial de recursos, feita pela empresa independente SRK Consulting, para os depósitos da Chaminé e de Casas Novas, inseridos no projeto de prospeção de ouro em Boa-Fé.

Nestes dois depósitos, a SRK estimou que os recursos minerais (toda a jazida, incluindo a terra, rocha ou outros componentes) rondem os 4,23 milhões de toneladas, sendo a concentração de ouro indicada em 1,57 gramas por tonelada.

A Colt Resources, no mesmo comunicado enviado à Agência Lusa, refere ainda que os dados desta empresa independente indicam que em «209 mil toneladas» adicionais a concentração de ouro estimada pode ser superior, atingindo as 2,36 gramas por tonelada.

Tendo em atenção estes indicadores, a empresa refere que as zonas com concentrações de ouro inferiores a 0,40 é que não devem ser exploradas.

«Estamos muito satisfeitos com esta estimativa inicial, que reflete o trabalho realizado nos dois primeiros alvos [de prospeção] em que concentrámos os nossos esforços», afirma, no comunicado, o Chief Executive Officer (CEO) da Colt Resources, Nikolas Perrault.

A estratégia inicial da empresa, desde que arrancou a prospeção no terreno, em «finais de novembro» do ano passado, explica, tem incidido em «áreas previamente exploradas», nas quais a existência de ouro já tinha sido identificada.

«Durante este curto período de tempo, temo-nos concentrado em aprofundar o conhecimento sobre os mecanismos de mineralização» na zona da Boa-Fé.

Além disso, a empresa reuniu «uma forte equipa de profissionais», que inclui geólogos e engenheiros de minas, e implementou «os sistemas necessários para, de forma eficiente, explorar e definir os recursos» ao longo da faixa de mineralização, cuja extensão se estima ter 30 quilómetros.

Numa altura em que a Colt Resources pretende avançar com a seguinte fase do projeto da Boa-Fé, ao mesmo tempo que procede à exploração regional na zona de Montemor-o-Novo, o CEO da empresa afirma a sua confiança.

«Estamos confiantes de que o vamos fazer a partir de uma fundação sólida e de que [o projeto de exploração de ouro] a Boa-Fé/Montemor vai evoluir para um distrito mineiro de nível mundial», afiançou.

A Colt Resources, através de uma «joint-venture» com a Iberian Resources, assinou com o Governo português, em novembro, um acordo para a concessão experimental de ouro nas freguesias de Santiago do Escoural (Montemor-o-Novo) e de Nossa Senhora da Boa-Fé (Évora).

O acordo prevê um investimento de três milhões de euros, durante três anos, tendo a empresa também já divulgado que admite que a extração industrial de ouro no Alentejo possa vir a começar em 2014.
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