Pedem boicote ao Pingo Doce nas redes sociais

O anúncio da venda da participação da sociedade Francisco Manuel dos Santos, detentora de 56% da Jerónimo Martins - que é dona do Pingo Doce - a uma subsidiária na Holanda tem gerado inúmeras críticas entre as redes sociais online, e há até quem apele a um boicote dos produtos da marca Pingo Doce.

É o caso da página criada ontem no Facebook, «Boicote ao Pingo Doce», cujo utilizador, na informação pessoal, afirma estar «farto de grupos económicos que se alimentam de nós como parasitas, destroem o pequeno comércio e nada contribuem para a economia nacional» e reitera: «Boicote já!». Até às 12h30, o grupo tinha 1.045 «gostos».

Mas esta não é a única página contra a Jerónimo Martins que, desde o surgimento daquela notícia nasceu na plataforma online mais famosa do mundo.

«Salário mínimo holandês para os trabalhadores do Pingo Doce já» é outro dos grupos que crítica a empresa. Trata-se de uma página que até às 12h33 tinha 1.165 «gostos» e que partilha algumas das notícias que circulam, desde ontem, na Internet, sobre o assunto. Na mesma página pode ler-se «no mínimo devia pagar o salário mínimo holandês aos seus trabalhadores». E é o próprio proprietário da página que informa «1.388,60 euros» por mês.

Numa outra página, também sob o nome «Boicote ao Pingo Doce» e na mesma rede social, a fotografia de perfil mostra a imagem de um trabalhador do Pingo Doce - utilizada nos anúncios publicitários da marca - e a letra da música típica daquele supermercado mas, com alterações: «Venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro. Em Portugal precariedade, na Holanda o dinheiro».

Já no Twitter, as contestações não chegaram à criação de páginas, mas o Twitter oficial do Pingo Doce foi invadido por centenas de comentários negativos e apelos ao boicote da marca.

Conheça os contornos da venda de 56% do capital da sociedade Francisco Manuel dos Santos à subsidiária do grupo na Holanda.